A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com a Associação Brasileira de Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS), com o Instituto Brasileiro de Hortaliças (Ibrahort) e com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) promoveu nesta terça-feira (18), o Workshop sobre “Requisitos Fitossanitários para Exportação e Importação de Frutas, Hortaliças e Flores”, na sede da CNA, em Brasília.
Na abertura o presidente da ABRAFRUTAS e também presidente da Comissão Nacional da Fruticultura, Luiz Roberto Barcelos, afirmou que o Brasil é um país com dimensões gigantescas, e que o setor de frutas, flores e hortaliças tem grande potencial, porém ainda está em crescimento. Além disso, afirmou que as barreiras fitossanitárias estão sendo vencidas e que os setores estão investindo cada vez mais em tecnologia e conseguindo exportar para mais países. Para ele, tratar sobre esse tema é importantíssimo. “É preciso também reforçar o mercado brasileiro com novos cultivares, gerando mais empregos e distribuir mais renda”, disse Barcelos.
O vice -presidente da Comissão Nacional de Hortaliças Flores da CNA, Manoel Oliveira, também pontuou a necessidade do debate sobre o tema, pois segundo ele, o setor depende grande parte das Análises de Risco de Pragas. “Os entraves que temos no dia a dia é necessário a discussão para decidirmos os processos das Análises de Risco de Pragas (ARP’s), pois somos totalmente dependentes de importação de material genético, pois nada é gerado no Brasil.
O secretário de Defesa Agropecuária em exercício do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Jorge Caetano, colocou o ministério a disposição para discussões acerca do tema debatido e defendeu o compartilhamento de visões. “O enfrentamento dos problemas e as soluções com foco na ARP, se dá em conjunto no compartilhamento de visões sobre os problemas a serem enfrentados”, disse.
Análise de risco de pragas como política de viabilização de exportação e importação de produtos vegetais e de prevenção de entrada de organismos potencialmente prejudiciais à agricultura brasileira foi o primeiro tema a ser debatido pelo diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Mapa, Marcus Coelho, que explicou os processos que se dão nas ARPs. Os processos, de cordo com ele, decorrem primeiramente pela identificação da praga, em seguida segue para avaliação de risco e por fim estabelece as medidas fitossanitárias para mitigar os riscos.
A chefe do Departamento de Análise de Riscos de Pragas do Serviço Agrícola do Chile, Lilian Ibanez, compartilhou das experiências do Chile nas ARPs. Segundo ela, prevenir é a melhor medida a ser feita quando se trata de pragas e que o país para cumprir a preservação territorial sem criar obstáculos ao comércio é preciso estabelecer regras e normas para importação, para que assim não venha sofrer consequências econômicas e ambientais. “E melhor regular do que permitir”, afirmou Ibanez.
O Workshop teve como publico alvo produtores, técnicos e profissionais do setor.
Fotos Tony Oliveira