Sistema Campo Limpo atingiu importante marco de destinação ambientalmente correta do material
“O Brasil tem um dos sistemas de logística reversa no campo mais avançados no mundo, tanto que é considerado referência por países que possuem programas semelhantes. Isso só é possível por conta de fatores como uma legislação clara e eficiente e o engajamento de todos os elos da cadeia produtiva agrícola (indústria fabricante, canais de distribuição, agricultor e poder público), que cumprem com suas responsabilidades contribuindo com o nível de excelência apresentado pelo Sistema Campo Limpo”, explica João Cesar M. Rando, diretor-presidente do inpEV.
Atualmente, 94% das embalagens plásticas primárias devolvidas pelos produtores rurais são encaminhadas para reciclagem ou incineração. Desse total, 90% são reciclados, dando origem à matéria-prima para a produção de mais de 30 artefatos, entre eles novas embalagens que retornam para a indústria de defensivos ou outros segmentos da economia. “O Sistema Campo Limpo é também um exemplo de modelo de economia circular e o Brasil é o único país a produzir novas embalagens com matéria-prima obtida com a reciclagem do que é destinado pelos produtores. Com isso, temos uma gestão completa do fechamento do ciclo de vida do material dentro do próprio Sistema, impulsionando a economia, gerando emprego e contribuindo com a sustentabilidade”.
Inovação a favor da Sustentabilidade
De 2012 a 2017, a destinação ambientalmente correta das embalagens vazias de defensivos agrícolas permitiu a economia de energia suficiente para abastecer 2,5 milhões de casas, a redução de resíduos em quantidade equivalente ao gerado por uma cidade de 500 mil habitantes em 11 anos, e também a redução de cerca de 625 mil toneladas de emissões de CO2 equivalente, ou 1,4 milhão de barris de petróleo não extraídos.