Para a União Europeia, mercado que consome cerca de 70% do suco de laranja brasileiro, as exportações registraram 333.529 toneladas, queda de 8% em relação às 361.934 toneladas registradas no mesmo período de 2017. O faturamento somou USD 625.593, queda de 4% em comparação a 2017, USD 649.719.
A redução mais acentuada foi registrada nas exportações para os Estados Unidos. No período, foram embarcadas 112.650 toneladas ante as 151.260 toneladas no ano anterior, queda de 26%. O resultado nas exportações para os Estados Unidos, neste momento, era esperada pelas indústrias, já que na safra anterior, os pomares haviam sido atingidos pelo furacão Irma [setembro de 2017] e o país precisou importar mais suco. O faturamento com as exportações somou USD 202.983, queda de 23% em relação aos USD 263.109 registrados em 2017.
A China, 4º maior mercado consumidor do suco de laranja brasileiro, importou 14.744 toneladas ante as 18.992 toneladas na safra passada. A queda foi de 22% no volume, e de 19% no faturamento, que caiu de USD 36,9 milhões nos seis primeiros meses de 2017, para USD 29,9 milhões no mesmo período de 2018. “A China tem comprado muito suco não concentrado (NFC) de países como Chipre, Espanha e Israel”, explica Netto. No caso, uma regra que associa a temperatura do suco na hora do recebimento ao valor da tarifa a ser paga tira a competitividade do suco de laranja brasileiro e abre espaço para outros concorrentes que estejam mais próximos do país asiático.
Já as exportações para o Japão registraram alta de 65% em relação ao mesmo período da safra anterior. Nos seis primeiros meses de 2018, foram exportadas 30.195 toneladas ante as 18.293 toneladas embarcadas em 2017. “Ao que tudo indica, não se trata de um aumento de demanda, mas adiantamento de embarques para esse destino”, explica Netto.
Fonte: Notícias Agrícolas