O material genético está relacionado ao aumento da defesa em plantas
Os genes foram avaliados em bananeiras da variedade Williams em um estágio inicial de crescimento (três meses de idade), após duas aplicações (no dia 0 e 9) de um extrato comercial de alga marinha. “A empresa que fabricou o extrato aproximou-se do grupo de pesquisa e, assim, apresentou a oportunidade de testá-lo. Além dos benefícios que deu no campo para restaurar e melhorar o desempenho, também foi estudado se aumentaria a defesa das plantas. Para o estudo, foram aplicadas concentrações de 500, 1.000 e 2.000 cc/ha (centímetros cúbicos por hectare)”, explica a pesquisadora.
A Mestre desenvolveu seu trabalho em um espaço controlado, uma câmara com as mesmas condições que são apresentadas em Urabá, uma importante área de bananeiras do país, com 95% de umidade, orvalho constante e temperatura entre 27 e 29 graus Celsius. Nos dias 1, 3, 6, 9, 10, 12 e 15 ela obteve amostras de tecido vegetal que foram congeladas em folha de alumínio a -80 graus para preservar as condições no momento de tomar o RNA.
Os testes mostraram que a concentração de 2.000 cc/ha aumentou o nível de expressão dos genes PR4, POX e PAL, apesar de não ser constante, o que, segundo ela, pode sugerir que as plantas necessitam de aplicações mais frequentes do extrato para manter altas defesas “Como a defesa de plantas é um processo que requer muita energia, produzir esses genes e as proteínas que são geradas a partir deles implica um desgaste energético importante que, se a planta não precisar, o processo cai”, diz
Fonte: AGROLINK