
Sendo o carro-chefe da economia em Monte Alegre, no oeste do Pará, o limão Taiti deve movimentar mais de R$ 15 milhões no município, gera emprego e a cada ano fortalece a cadeia produtiva. Atualmente, 95% dos agricultores empregados na agricultura trabalham com a fruta.
A atividade se junta à força da pecuária, tradição na região, mas para a qual, por muito tempo, foi preciso degradar áreas para constituir pastos. No mais, o ciclo das lavouras, sem os devidos tratos culturais, desgastou o solo, o que obriga os monte-alegrenses a até importar arroz, feijão, milho, mandioca, por insuficiência de oferta. O plantio de limão não só traz lucro, mas recupera ambientalmente a natureza, mitigando os danos.
Em fase de sistematizar dados, por meio de diagnósticos socioeconômicos, a fim de transformar a “revolução do limão” em uma política pública direcionada, apenas em Monte Alegre, a Emater estima que a cadeia produtiva seja protagonizada por 736 agricultores, faça circular mais de R$ 15 milhões, cubra uma área com 713 mil pés e gere cerca de mil empregos diretos e indiretos. Os principais mercados são Manaus e Amapá.
Cada pé rende em torno de 150 quilos de frutos. Plantados em épocas diferentes com o objetivo de se escalonar a produção, é possível colheita o ano inteiro, ainda que no inverno, quando a produtividade diminui.
“O limão Taiti é mais doce, polpudo e macio do que o limão comum, além de não ter caroço. Então, ele tem muita abertura tanto in natura, quanto para uso industrial. Comparamos pesquisas de 2014 com agora e calculamos aumentos que superam o dobro”, explica o técnico em agropecuária, Francisco Lima.
Fonte: G1