Tecnologia seria capaz de monitoramento mais preciso e com consumo mínimo de bateria
Um grupo multidisciplinar da Universidade Nacional de Tsing Hua, na China, desenvolveu um drone com um chip de inteligência artificial (AI) que imita os olhos da mosca-da-fruta e, assim, por exemplo, pode desviar de obstáculos dentro das folhagens.
Deste modo, o equipamento poderá ser usado para monitoramento mais preciso de focos de atenção (como pragas e doenças) e mesmo, futuramente, combate a estes problemas.
“O fluxo óptico é a trajetória no campo de visão que pode ser obstruída por objetos em movimento próximos e que é usada pelo cérebro da mosca para determinar sua distância e evitar obstáculos”, explicou Tang Kea-tiong do Departamento de Engenharia Elétrica.
Outra vantagem do “drone mosca” é um baixíssimo consumo de energia, um dos principais limitantes do uso dos vants (veículos aéreos não tripulados). A maioria deles depende da transmissão e reflexão das ondas eletromagnéticas para detectar e evitar obstáculos, mas isso consome muita energia.
Olho da mosca
Intrigado com a estranha capacidade da mosca da fruta de evitar obstáculos, Tang imaginou que seria possível replicar o nervo óptico desse minúsculo inseto e adaptá-lo às aplicações de IA. A primeira tarefa foi resolver o problema de sobrecarga de informações.
Segundo Tang, os sensores de imagem de câmeras e telefones celulares têm milhões de pixels, enquanto o olho de uma mosca-da-fruta tem apenas cerca de 800 pixels.
“Quando o cérebro da mosca-da-fruta processa sinais visuais, como contorno e contraste, utiliza um tipo de mecanismo de detecção que filtra automaticamente informações sem importância e presta atenção apenas aos objetos em movimento que podem colidir”, acrescentou Lo Chung-chuan, do Departamento de Ciências da Vida.
Ao imitar esse mecanismo de detecção, a equipe de pesquisa desenvolveu o chip de IA que possibilita o uso de gestos com as mãos e um sensor de imagem para operar um drone. (com infos de BusinessWire)
Fonte: Canal Rural