A Associação Brasileira dos Produtores Exortadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS) participou ontem (19), de videoconferência sobre as perspectivas para comercialização de frutas 2020/2021. O evento que foi organizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-Bahia) e pelo Centro de Excelência em Fruticultura do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) teve a partição de 142 pessoas.
A abertura do evento contou com participação do novo presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, que falou sobre as perspectivas da Associação frente as exportações. Segundo ele, o cenário é desafiador, porém, acreditam que no segundo semestre deste ano as exportações de frutas terão aumento significativo. A procura por alimentos saudáveis e ricos em vitaminas será um dos fatores que favorecerá o aumento.
“Acreditamos que será um bom período para a fruticultura, principalmente no Vale do Rio São Francisco. O Vale visita o mundo e o mundo visita o vale ”, disse.
Coelho destacou ainda a importância do Agro, segundo ele, apesar de toda dificuldade que o mundo tem enfrentado devido a pandemia, a agricultura nunca parou, continua produzindo alimento para o mundo e gerando emprego.
Consumo de frutas no mercado interno e variação de preços nos últimos meses foi um dos assuntos abordados pelo coordenador de Produção Agrícola da CNA, Maciel Silva. A Banana ofertada pelas 20 principais regiões produtoras nas Centrais de Abastecimento (Ceasas), no primeiro quadrimestre de 2020, segundo Silva, teve queda de 15%, nesse quadrimestre, comparado com o mesmo período do ano passado. Silva diz que a oferta da banana já vinha sofrendo queda, porém a demanda caiu bem mais, entretanto, já estão voltando a reaquecer. Já o mamão teve aumento de 12,7% nos três primeiros meses do ano.
Ainda na apresentação, Silva apresentou a plataforma de comércio eletrônico criada pela CNA para aproximar produtores rurais e consumidores. Segundo ele, em meio à crise é preciso buscar outros canais de comercializar os produtos, diversificar mercados e aumentar a conectividade no campo.
O gerente de projetos da Abrafrutas, Jorge Souza, foi o segundo palestrante do evento que tratou sobre o mercado internacional de frutas. Souza explicou aos participantes que apesar da crise mundial de saúde o setor de fruticultura continua estável e tem sofrido pouco impacto comparado a outro setor. Apesar da queda nas exportações de algumas frutas, considerada uma queda balanceada, devido ao clima, o setor prospecta aumento no segundo semestre, como dito anteriormente pelo presidente da Associação.
Souza explica que as oportunidades que irão surgir para o Brasil aumentar as exportações estão ligadas aos novos hábitos alimentares, as vendas diretas de novos clientes, ao volume disponível, a segurança alimentar, a flexibilidade na adaptação à novos modelos de negócio e ao câmbio.
O Brasil continua sendo o terceiro maior produtor de frutas do mundo, são mais de 44 milhões de toneladas por ano, porém, apenas 2,5 de toda produção é exportada, boa parte dessa exportação vai para a Europa 67,5% e Estados Unidos 15,7%.
Por: Telma Martes, comunicação Abrafrutas