Adoção de irradiação nuclear é, segundo Abrafrutas, um trunfo para expandir os negócios do Brasil no cenário internacional
O setor brasileiro de frutas aposta em uma tecnologia de irradiação nuclear como um diferencial para aumentar o tempo de vida útil, eliminar riscos de contaminação nos produtos e, com isso, conquistar novos mercados no exterior.O processo é utilizado para “sanitizar as frutas, eliminar qualquer perigo de patógenos, aumentar o tempo de vida do alimento, prolongar o tempo de prateleira e seu tempo disponível para consumo”, segundo Eduardo Brandão, diretor executivo da Associação Brasileiras dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).
“O grande diferencial dessa tecnologia é a exportação. Nós vamos ter chance de atingir mercados muito mais distantes que até então não conseguíamos por conta da perecibilidade das frutas”, afirma.
Também durante o evento, o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Marcos Montes, citou outro ponto positivo da irradiação: evitar o desperdício de alimentos. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), um terço dos alimentos produzidos no mundo é perdido ou desperdiçado a cada ano.
Em busca de investidores
De acordo com a Abrafrutas, a ideia de usar a irradição partiu do governo federal, que convidou a associação para participar do projeto de implantação da tecnologia no Brasil.
“Um dos limitantes é o custo da tecnologia nuclear, que é muito alto. Então, devemos buscar investidores dentro ou fora do Brasil que tenham interesse em instalar irradiadores em áreas específicas”
Eduardo Brandão, diretor executivo da Abrafrutas
O diretor-executivo afirma que o objetivo é mostrar que o Brasil tem produtos suficientes para irradiar e difundir a tecnologia entre produtores e consumidores para que o setor possa dar “um passo à frente” e se igualar a grandes países já adotam o recurso.
Fonte: Globo Rural