A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS) reuniu hoje (30), pela manhã, um grande grupo de associados para Assembleia Geral da Associação. A reunião que ocorreu de forma online teve a participação especial de umas das maiores autoridades na gestão de vendas e marketing do agronegócio, José Luiz Tejon que trouxe aos participantes uma palavra de incentivo e de reconhecimento da grandeza do setor.
O presidente da Associação, Guilherme Coelho deu início a Assembleia ao apresentar os resultados da última visita a Brasília, no qual pode se reunir com a ministra da agricultura, Tereza Cristina. Na ocasião, Coelho abordou, dentre outros assuntos, a abertura de novos de mercados e o déficit de fiscais nos portos e aeroportos. No encontro, a ministra desafiou o setor a trabalhar não somente frutas frescas, mas também aumentar o potencial das frutas processadas no mercado internacional. Ainda em Brasília, o presidente da Abrafrutas esteve também reunido com outros quatro ministros do governo conversando sobre temas ligados à fruticultura.
Coelho também pontuou a recente reunião que teve com a presidente da Comissão De Relações Exteriores, senadora Kátia Abreu, para uma avaliação do desempenho da fruticultura nas exportações e também para a identificação de tendências e demandas deste importante segmento do agronegócio na melhoria da competitividade no mercado internacional.
Após a abertura feita pelo presidente da Abrafrutas, foi passado a palavra para o jornalista, professor e escritor José Luiz Tejon que publicou recentemente um artigo intitulado “Fruticultura: de patinho feio do agro para um novo cisne de prosperidade”, no qual compara o conto do autor Hans Christian Andersen com o potencial apresentado pela fruticultura.
Tejon reforçou a força deste setor frente ao desenvolvimento que o mesmo oferece ao país. Para ele os produtores não devem olhar o setor como pequeno, mas observar o sucesso e os êxitos que vem conquistando.
A fruticultura mundial movimenta US$140 bilhões e, para o escritor, os números mundiais observados não devem deixar os produtores somente entusiasmados, mas com dever perante o Brasil. O país tem produção anual de cerca de 44 milhões de toneladas de frutas, sendo o terceiro maior produtor mundial. Diante dessa grandiosidade, exporta-se apenas 3%, ou seja, o país acessa apenas 0,6% do mercado internacional. Tejon defende a ideia de se proporem metas grandiosas e ousadas de forma a reerguer nesse momento tão difícil a economia do país.
“Se tem alguma coisa que representa o Brasil, no inconsciente planetário, além do futebol, são as frutas. Ao olharmos o número de 0,6% de um mercado já existente, sem falar em um mercado que poder ser potencialmente desenvolvido nesse crescimento demográfico brutal que o mundo terá até 2050, significa que poderiam ter como meta o crescimento de 6%”, disse Tejon.
Para o professor e escritor, o alcance de metas ousadas, o caminhar e a progressão são processos difíceis, nesse sentindo, ele defende o associativismo e o cooperativismo no qual, ajudam nos processos e nos alcances das metas.
Também fez parte da pauta da Assembleia a apresentação do aplicativo que a Abrafrutas está desenvolvendo em parceria com o Instituto da Confederação Nacional da Agricultura (ICNA). O aplicativo tem por objetivo oferecer informações essências para exportação, como informações fiscais ou sanitárias, além de dados de exportação e outros. Foi também apresentado ao grupo o demonstrativo financeiro e novo regimento interno da Associação.
Por: Telma Martes, Comunicação Abrafrutas