A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS), representada pelo Presidente, Guilherme Coelho e Diretor de Relações Institucionais, Luiz Roberto Barcelos esteve reunida com a presidente da Comissão De Relações Exteriores, senadora Kátia Abreu, na tarde desta terça-feira (23), para uma avaliação do desempenho da fruticultura nas exportações e também para a identificação de tendências e demandas deste importante segmento do agronegócio na melhoria da competitividade no mercado internacional.
Na reunião, os temas elencados e tratados foram referentes ao acordo Mercosul e União Europeia, certificações internacionais e sua importância na conquista dos mercados mais exigentes, a importância da fruticultura na geração de empregos e desenvolvimento regional, expectativas nas exportações em 2021, entre outros.
Com aumento nas exportações de frutas de 6% em valor e 3% em volume, em 2020, comparado com o mesmo período em 2019, a fruticultura tem avançado nas exportações e geração de divisas na balança comercial. As perspectivas, mesmo na situação atual global da pandemia causada pelo Coronavírus, são de continuidade no crescimento do volume exportado e valores.
Sobre o acordo Mercosul e União Europeia, a Abrafrutas manifesta total apoio e interesse na ratificação do mesmo pelo Parlamento Europeu, visto que a zona de livre comércio a ser formada por ambos os blocos trará benefícios para a fruticultura, com redução progressiva das tarifas nas exportações de algumas frutas, chegando a zero em alguns anos. Os principais concorrentes do Brasil já tem tarifa zero em função de acordos bilaterais e levam hoje uma vantagem competitiva importante.
A sustentabilidade do setor foi outro tema de destaque na reunião, uma vez que a União Europeia tem aumentado suas exigências no comprometimento de seus fornecedores de alimentos com a redução do desmatamento, das emissões de carbono e nos temas do desenvolvimento social e respeito ao trabalhador. Embora o setor da fruticultura esteja totalmente alinhado às demandas da UE com as certificações internacionais, torna-se muito importante a comunicação efetiva para importadores e consumidores sobre a seriedade do setor produtivo no cumprimento das leis e normas nas áreas ambiental, social e de segurança do alimento produzido. Uma participação integrada entre os setores público e privado na reunião COP 26, a ser realizada na Escócia em novembro próximo, deverá também ajudar muito na recomposição da imagem do Brasil no âmbito internacional nas questões de proteção ao planeta.