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SC: produção de mudas de maracujá requer cuidados

Cultivo das mudas deve ser feito em ambiente protegido contra doenças

Santa Catarina é o terceiro maior produtor de maracujá do Brasil, ficando atrás apenas da Bahia e do Ceará. Os cultivos catarinenses têm produtividade de cerca de 20 a 22 toneladas por hectare, maior que a média nacional, que fica entre 12 a 14 toneladas por hectare.

Para garantir estes números desde o final de fevereiro até 31 de julho segue a produção de mudas de maracujazeiro-azedo. Em 1º de agosto termina o vazio sanitário e o plantio é liberado em Santa Catarina. O vazio sanitário foi estabelecido por uma portaria da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural como uma das medidas para preservar os pomares da doença do endurecimento dos frutos. Disseminada pelo pulgão, faz com que pomar produza frutas mais duras e com menos polpa

Durante este período, a produção de mudas deve seguir algumas medidas para combater a doença. Segundo a Epagri o cultivo deve ser em ambiente protegido para manter a sanidade.

Para auxiliar o agricultor familiar catarinense, a Secretaria da Agricultura concedeu, em novembro de 2020, recursos no valor de até R$10 mil para a construção de abrigos de cultivo e aquisição dos insumos necessários para produção de mudas de maracujá, com pagamentos em até cinco anos e com descontos para pagamentos em dia. Essa política pública levou em conta o levantamento da produção de mudas em ambiente protegido feito por extensionistas rurais da Epagri em municípios produtores de maracujá-azedo. Os valores foram concedidos a partir de projetos elaborados pela Epagri.

Segundo o líder do projeto de fruticultura da Epagri no Sul Catarinense, Diego Adílio da Silva, foram desenvolvidos 24 projetos com apoio dessa política pública. Os valores tomados pelos produtores foram de R$234.655,00. “Tal apoio é de suma importância para ajudar a diminuir o déficit de mudas, que devem ser produzidas em ambiente preconizado, atendendo a legislação vigente”, explica.

O levantamento feito pela Epagri identificou um déficit na oferta de mudas do maracujeiro-azedo nas principais regiões produtoras em Santa Catarina. Segundo Diego, na safra 2017/18 o Estado apresentou área de 1.938 hectares cultivados com maracujazeiro-azedo, com uma densidade de 1.666 plantas por hectare e uma demanda por mudas de 3.876.160. “Considerando-se uma estabilização da demanda nos anos de 2020/21, estima-se que, diante da oferta de 2.305.748 mudas, o déficit é de 1.570.412, ou seja, mais de 40%”, diz.

O extensionista explica que as duas microrregiões com superávit de produção de mudas são Criciúma e Tubarão, com 225,73% e 77,04%, respectivamente. As microrregiões produtoras de maracujá que não produzem mudas em estrutura preconizada ou que dependem de mudas advindas de outras microrregiões são Blumenau, Chapecó, Canoinhas, Concórdia, Itajaí, São Miguel do Oeste e Tabuleiro.

“Já a maior microrregião produtora, que é Araranguá, com 1.760 hectares cultivados, possui um déficit estimado em 1,666 milhão de mudas, ou seja, quase a metade. Por isso a Epagri vem incentivando os agricultores a produzirem as próprias mudas para garantir a sustentabilidade da produção familiar”, explica Diego, informando ainda que em agosto deste ano será realizado novo levantamento da produção de mudas para averiguar o efeito da política pública lançada em 2020.

Os municípios catarinenses de São João do Sul e Sombrio estão entre os dez maiores produtores do País, sendo os únicos da lista fora das regiões Nordeste e Norte. Tamanha produtividade se deve, entre outros motivos, à forte adesão dos produtores às tecnologias criadas e difundidas pela Epagri.

* com informações da Epagri

Fonte: Agrolink