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Espanha compromete-se a promover a ratificação do acordo UE-Mercosul

Ministra das Relações Exteriores de Espanha, Arancha Gonzalez Laya, reuniu-se com o Presidente, Jair Bolsonaro

Ministra das Relações Exteriores de Espanha, Arancha Gonzalez Laya, reuniu-se com o Presidente, Jair Bolsonaro   –   Direitos de autor  Brazil Presidency HANDOUT/EPA

A ministra de Assuntos Exteriores espanhola, que iniciou hoje uma visita oficial de dois dias a Brasília, comprometeu-se a “promover” esforços em prol da ratificação do acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul.

Arancha González Laya chegou na madrugada de hoje a Brasília, onde se encontrou com os ministros brasileiros de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e da Agricultura, Tereza Cristina.

Na sexta-feira, a ministra espanhola irá encontrar-se com o ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França, e posteriormente com o ministro da Economia, Paulo Guedes, antes de embarcar para Assunção, no Paraguai.

Numa breve declaração no início de seu encontro com Marinho, González Laya classificou a relação com o Brasil como de “velhos amigos” e “parceiros estratégicos”.

“Estamos a olhar para o futuro”, acrescentou.

A ministra espanhola também destacou esse papel na saudação inicial do encontro com a titular da pasta da Agricultura brasileira, e fez referência ao acordo entre a UE e o Mercosul, assinado em 2019 após vinte anos de negociações, mas ainda pendente de ratificação.

É necessário “trabalhar para encerrar algumas coisas que estão abertas”, afirmou Arancha González Laya, que também expressou o seu compromisso em “promover” o processo para “pô-lo em marcha”.

Algumas nações europeias mostraram-se reticentes em ratificar este acordo por considerarem que não existem garantias ambientais suficientes, especialmente na proteção da Amazónia.

Diante desse impasse, a ministra espanhola defendeu “trabalhar junto” com o Brasil para superar os entraves dessa negociação.

Não foram definidas datas específicas para encerrar essa questão, mas recentemente a Comissão Europeia reconheceu que o processo está a demorar devido a questões como eleições em vários países, e não prevê que entre em vigor antes do final de 2022.

Fonte: EuroNews