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Nanoemulsão de cera de carnaúba integra lançamento nacional de portfólio da AgroFresh

Nanoemulsão de cera de carnaúba faz parte de portfólio nacional da AgroFresh com o nome TanWax. – Foto: Divulgação Embrapa

 

A nanoemulsão de cera de carnaúba, destinada ao revestimento de frutas, é uma das tecnologias que integram o novo portfólio da AgroFresh, lançado em live promovida pela empresa para discutir perspectivas, desafios, inovações e tendências do mercado de hortifruticultura no país. A multinacional americana, líder em soluções e serviços para preservar a qualidade dos produtos frescos, é a responsável pela distribuição e comercialização da tecnologia no Brasil, com o nome TanWax, e no mercado externo como Life Ultra.

A transmissão do debate “A AgroFresh transforma a pós-colheita da hortifruticultura brasileira”, envolvendo representantes do setor, ocorreu pelas mídias sociais da empresa nessa segunda-feira, 26, às 18h30.

O pesquisador da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), Marcos David Ferreira, responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, junto com o engenheiro de materiais Daniel Souza Corrêa, foi um dos convidados do evento.

Em bate-papo, conduzido pelo jornalista José Luiz Tejon, o pesquisador vai contou como surgiu a ideia de desenvolver a nanoemulsão de cera de carnaúba, o potencial da nanotecnologia na agregação de valor do produto, além da importância da iniciativa privada para alavancar a tecnologia, entre outros aspectos envolvendo a pesquisa.

Solução atende normas da Anvisa

Além de Marcos David, o encontro reuniu o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho, a representante no Brasil da Produce Marketing Association (PMA), Valeska de Oliveira, o gerente de Fungicidas da Syngenta, Marcos Queirós, gerente Comercial da AgroFresh no Brasil, Fabiano Coldebella, e o gerente de Contas da AgroFresh, Diego Chiou.

De origem vegetal, a nanoemulsão mantém as propriedades sensoriais do fruto, reduz a perda de massa, proporciona maior brilho, preserva a qualidade e prolonga, em média, 15 dias a vida útil das frutas, comparada ao revestimento convencional. Com isso, se alinha a um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) que visa reduzir pela metade, até 2030, as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento, incluindo as perdas pós-colheita e também o desperdício global de alimentos per capita no varejo e no consumo.

A tecnologia é resultado de pesquisa desenvolvida dentro do conceito inovação aberta pela Embrapa Instrumentação, em parceria com a QGP/Tanquímica, com sede em Laranjal Paulista (SP), e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A nanoemulsão de cera de carnaúba está sendo adotada como uma alternativa às ceras convencionais tanto no mercado interno como externo.

Entre os fatores que contribuíram para a rápida inserção, pouco mais de um ano após ser lançada, estão o desenvolvimento sustentável, funcionalidade, facilidade de uso, flexibilidade, inovação, forte conexão com o setor produtivo e segurança. Além disso, a nanoemulsão de cera de carnaúba atende às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não contendo em sua composição nenhum aditivo que possa restringir sua adoção no mercado interno e externo.

Marcos David Ferreira diz que o desenvolvimento e comercialização da nanoemulsão de cera carnaúba somente foram possíveis em curto espaço de tempo devido à integração de uma equipe multidisciplinar, por meio de parceria público-privada, em inovação aberta.

“É uma conexão que fortalece a pesquisa, acelera a saída da tecnologia do laboratório e encurta o caminho até o setor produtivo. Esse diálogo e interações constantes foram fundamentais para essa conquista, com ganhos para todos”, avalia o pesquisador.

A expansão da nanoemulsão de cera de carnaúba ganhou força a partir da entrada da multinacional americana AgroFresh, que firmou um contrato com a Tanquímica/QGP para promover a distribuição e comercialização do produto, dentro e fora do Brasil. Pelas mãos da AgroFresh, a tecnologia desembarcou em países da América Latina, Europa e Ásia. A empresa está presente em aproximadamente 50 países, com um portfólio de mais de 400 patentes globalmente e 3.500 clientes diretos.

A live poder ser assistida pelo Youtube no endereço disponível aqui

Fonte: Grupo Cultivar