Por ocasião da VI Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Cooperação e Concertação (COSBAN), realizada hoje, de forma virtual, representantes do Brasil e da China repassaram o progresso alcançado em agricultura desde a última reunião plenária do mecanismo, realizada em maio de 2019.
Desde então, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Administração Geral de Aduanas da China anunciaram resultados significativos, que se refletem na ampliação e diversificação do comércio agrícola entre as partes.
Foram retomadas as exportações brasileiras de carne bovina à China, temporariamente interrompidas após a ocorrência de casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (“mal da vaca louca”) no Brasil.
Deu-se também continuidade ao processo de habilitação de estabelecimentos brasileiros exportadores de laticínios e produtos cárneos.
Ademais, foram firmados quatro protocolos, para exportação de farelo de algodão, carne bovina termoprocessada e melão do Brasil para a China, bem como de exportação de peras da China para o Brasil. Foram concluídas, ainda, visitas de inspeção para amparar exportações brasileiras de farelo de soja, proteína concentrada de soja, aves e ovos e soro sanguíneo bovino à China. Do lado das exportações chinesas, foram realizadas auditorias em estabelecimentos produtores de envoltórios naturais para exportação ao Brasil.
Durante a VI reunião plenária da COSBAN, as partes anunciaram a conclusão das negociações para o início de exportações brasileiras de milho e amendoim para a China, bem como planos de assinatura dos protocolos relativos às exportações brasileiras de farelo de soja, proteína concentrada de soja, polpa cítrica e soro fetal bovino na próxima reunião da Subcomissão de Inspeção e Quarentena, a realizar-se em data a definir, no período de 21 a 24 de junho de 2022.
As partes acordaram, ainda, envidar esforços para finalizar, até o final de 2022, as negociações relativas às exportações brasileiras de gergelim, sorgo e uvas, bem como atribuir prioridade às negociações visando permitir as exportações brasileiras de farinhas de pescado, aves e suínos, assim como as exportações chinesas de maçãs para o Brasil.
Os compromissos alcançados demonstram o dinamismo da relação bilateral em agricultura e representam o potencial dos dois países em buscar crescentes complementaridades econômico-comerciais.
Fonte: Mapa