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Empresas do agronegócio planejam aumentar investimentos em 2023

Plateia presente no Prêmio Melhores do Agronegócio participou de enquetes interativas

Plateia presente no Prêmio Melhores do Agronegócio participou de enquetes interativas Alexandre DiPaula

Nada menos que 66,5% das empresas do agro que participaram do 18º Prêmio Melhores do Agronegócio devem aumentar os investimentos no próximo ano, 19,9% pretendem manter o mesmo nível e 13% devem reduzir. Esse foi o resultado de uma pesquisa interativa feita pelo editor-chefe da Globo Rural com os empresários da plateia do evento, realizado nesta quarta-feira (30/11) em São Paulo (SP). Os empresários também responderam que sua maior preocupação para 2023 são as pessoas, opção escolhida por 50,3% dos que responderam à pesquisa. Já 28,7% escolheram o dólar e 21% a logística.

Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), um dos que responderam à pesquisa, disse que não há negócios sem pessoas. Segundo ele, o setor de proteína animal, um dos que mais emprega no país, tem atualmente 20 mil vagas abertas e deve crescer 40% nos próximos anos.

O presidente da ABPA afirmou que o país, maior exportador de proteína animal, tem uma grande vantagem concorrencial nas exportações por ser livre de gripe aviária e peste suína. Ele diz que o setor está alerta com a chegada da gripe aviária na Colômbia, Peru, Equador, Venezuela, mas as aves afetadas são do tipo silvestre, o que não proíbe o comércio global.

“Temos os instrumentos para mostrar ao mundo que nossos 35% ou mais de market share podem continuar e até aumentar. Eu bato na madeira, rezo, mas o mais importante é que fazemos prevenção e temos um aparato de biosseguridade já instalado”, disse Santin.

Em enquete interativa, representantes de empresas do agronegócio indicaram suas expectativas de investimentos para 2023 — Foto: Globo Rural

Em enquete interativa, representantes de empresas do agronegócio indicaram suas expectativas de investimentos para 2023 — Foto: Globo Rural

 

Guilherme Coelho, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), também escolheu a opção pessoas. Ele destacou o avanço da fruticultura na região do Nordeste, especialmente no Vale do São Francisco, que responde por 70% das exportações de frutas do Brasil. Coelho lembrou que o Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, mas está apenas em 23º lugar no ranking de exportações.

“Na COP 27, eu disse ao mundo que nossa fruticultura tem muito a avançar porque atende às maiores exigências dos exportadores mundiais, com certificados sociais, ambientais, governança e manipulação correta das frutas nos packing houses”, disse. Ele destacou que, na pandemia, em 2020, o Brasil cresceu 20% em dólar e 18% em volume e que emprega 5 milhões de empregos, sendo altamente inclusiva e empregando muitas mulheres.

“Há apenas 50 anos, Petrolina produzia calango e bode. Hoje produz as melhores mangas do mundo com 2,5 safras por ano. O setor tem a água do São Francisco, terras e muita gente com vontade de trabalhar.”

Isabel Ferreira, diretora executiva da Rede ILPF (Integração Lavoura Pecuária Floresta), destacou que o Brasil é pioneiro nesta tecnologia que permite o cultivo de várias safras e coloca o país como maior potência agroambiental do planeta. “ O grande desafio na ILPF é a capacitação de pessoas para trabalhar com a tecnologia inovadora que já ocupa 17,4 milhões de hectares no país e tem a meta audaciosa de atingir 35 milhões de hectares até 2030, avançando sobre as pastagens degradadas”

PIB

 

Na pesquisa interativa, a maioria da plateia (38,4%) também respondeu que em 2023 o PIB vai crescer de 1,1% a 1,9%. Já 30,1% escolheu a opção de crescimento de 0,5% a 1%, 21,9% foi mais otimista e optou por crescimento acima de 2% e 9,6% acreditam que o PIB do país vai ser negativo.

Fonte: Globo Rural