Os diretores da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Eduardo Brandão e Jorge de Souza, participaram neste sábado do 2º Simpósio Brasileiro das Pitayas, promovidos pela Associação dos Produtores de Pitayas do Brasil (Appibras) com apoio da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em Piracicaba/SP.
O Simpósio teve como objetivo, além de outros, fomentar o cultivo da pitaya, sobretudo dos pequenos produtores de todo o Brasil, incentivar o melhoramento genético tornando as frutas economicamente ainda mais viáveis e apresentar por meio de conhecimento técnico e científico ao público interessado o cultivo no Brasil.
O evento ocorreu na última sexta-feira (3) e no sábado (4) com apresentação de palestras, no domingo (5) os organizadores promoveram um dia de campo no qual proporcionaram uma visita a um pomar de Pitayas em Indaiatuba, onde os participantes conferiram de perto a produção da fruta.
Mercado de Pitaya para exportação foi o tema abordado pelos diretores da Abrafrutas que conjuntamente apresentaram o potencial da Pitaya para exportação e como a Associação poderia auxiliar os produtores no processo de exportação e promoção da Pitaya brasileira no mercado internacional.
Em 2022, o Brasil faturou mais de US$ 1.773,2 nas exportações de pitaya, com este valor foi possível observar crescimento de quase 80% em relação ao ano anterior que foi de US$ 712,7. Os principais destinos são alguns países da União Europeia, Canadá e Reino Unido.
A pitaya no Brasil
A pitaya é nativa da América Central e das Américas, e começou a ser cultivada em território nacional há 20 anos. Nos últimos anos, com a busca por uma alimentação mais saudável, aumentou a demanda por frutas e o mercado pelas consideradas exóticas ganhou um impulso, como aponta a pesquisa de Mariana Larrondo Bicca, co-orientanda do professor Dejalmo Prestes no doutorado da UFPEL.
O Brasil produz por ano de 5 a 8 mil toneladas. O cultivo está presente em todos os estados, com destaque para São Paulo, Pará, Santa Catarina, Minas Gerais e Ceará. O preço pago ao produtor pelo quilo da fruta pode mudar dependendo da época do ano e da demanda, mas varia entre 5 a 15 reais, sendo uma alternativa promissora para os produtores brasileiros.