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Fruticultura é aposta para a agricultura familiar no DF e Entorno

Região do DF e Entorno pode ser a maior produtora de açaí dentro de seis anos, diz responsável pelo programa Rota das Frutas, desenvolvido pela Codevasf. Iniciativa incentiva plantio de variedades valorizadas no mercado, como mirtilo, amora e framboesa

  •  (crédito: Ed Alves/CB)
(crédito: Ed Alves/CB)

A região do Distrito Federal e Entorno, em até seis anos, terá a maior produção de açaí do mundo. Com uma variedade desenvolvida pela Embrapa especificamente para o cerrado, cerca de 20 mil hectares devam ser plantados até 2029. Até agora, 320 hectares estão sendo cultivados na região.

O plantio de açaí é uma das iniciativas do Rota das Frutas, programa criado em 2021 que busca potencializar a agricultura familiar no entorno do DF por meio da fruticultura. Os detalhes da iniciativa e as expectativas para o futuro foram detalhadas, nesta sexta-feira (2/6), pelo técnico da Codevasf Luiz Curado, responsável pelo projeto, em entrevista ao CB.Agro — programa feito em parceria pelo Correio Braziliense e a TV Brasília.

“São 25 mil propriedades de agricultura familiar e assentamentos nos municípios da Ride-DF, muitas vezes sem nenhum planejamento ou estratégia que dê a elas oportunidade de crescer”, disse Curado.

A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno abrange mais de 30 municípios de Goiás e Minas Gerais, além do Distrito Federal.

O açaí é apenas um exemplo das variedades trabalhadas pelo programa. “Desenvolvemos uma metodologia para que as coisas acontecessem com mais celeridade. Começamos pensando no que o mercado demanda, nas frutas que têm melhor precificação no mercado. Aí pensamos ‘por que não os berries?’ Blueberry, mirtilo, amora preta gigante, framboesa, e ainda incorporamos o açaí”, explicou.

Ao contrário do que normalmente se pensa, o solo do DF se mostra incrivelmente propenso ao cultivo de frutas como o mirtilo e o açaí. Segundo o técnico da Codevasf, as experiências com plantio de mirtilo no DF resultaram em uma produção precoce e num rendimento maior do que o esperado.

Mudas em dobro

Um dos métodos para estimular a produção local é a forma de distribuição de mudas para os agricultores, que procura fortalecer o compromisso do produtor e realimentar o programa. “Os produtores recebem uma muda de graça e, quando fazem a primeira colheita, devolvem duas mudas. Cada duas rendem quatro, que rendem oito, que rendem 16, e por aí vai. Esse é um número fantástico. O governo é isso, é um empurrão. Se eu der de graça, a pessoa pode não se comprometer com isso”, explicou o coordenador.

“Nosso projeto não é só para gerar renda. É para gerar dignidade e riqueza”, afirmou Curado, fazendo um paralelo com a atuação da Codevasf no Vale do São Francisco, que multiplicou a produção de frutas em áreas de Minas Gerais e da Bahia.

“Com a experiência que a gente teve no Vale do São Francisco, vendo a transformação de vidas de pessoas que chegaram do nada e conseguiram ter sua dignidade, sua riqueza, sua liberdade econômica através da fruticultura, e toda a emancipação que ela permite, nós vimos que também é possível fazer aqui”, ressaltou.

Confira a íntegra da entrevista:

Fonte: Correio Brasiliense