Sistema apresenta resultados iniciais positivo
Diante do crescente avanço das atividades mecânicas na agricultura, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) implementou inovações no plantio e manejo da maçã, buscando aprimorar a eficiência da atividade, garantir a qualidade dos frutos e facilitar a colheita. A estação experimental de Palmas, na região Sul do Estado, adotou o sistema Guyot duplo invertido, apresentando resultados iniciais promissores.
O Guyot duplo envolve a condução da planta de modo que os galhos se estendam em direções opostas, formando uma configuração de “y” que cria uma espécie de muro frutal. Esse método se diferencia do tradicional “líder central”, em que as plantas são espaçadas no terreno de maneira mais ampla e gerenciadas com podas para adquirir um formato cônico.
Além de promover uma melhor adaptação à colheita mecânica, o novo formato simplifica o processo de poda das plantas, reduzindo as horas de trabalho no pomar e, consequentemente, diminuindo os custos de produção.
A produção de maçã tem uma representatividade significativa em alguns municípios do Paraná, como Palmas, onde responde por 32% do Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária. Em 2022, foram produzidas 8.489 toneladas em 353 hectares, gerando um valor de R$ 16,7 milhões.
Na Lapa, município da Região Metropolitana de Curitiba, a maçã representou R$ 10 milhões, correspondendo a 19,2% do VBP municipal, com uma produção de 5.100 toneladas em 170 hectares. A produção em Campo do Tenente, também na mesma região, foi expressiva, com 4.500 toneladas em 143 hectares, gerando R$ 8,8 milhões (17% do VBP municipal) em 2022.
Em todo o estado, a cultura da maçã foi desenvolvida comercialmente em 35 municípios, totalizando um VBP de R$ 52,2 milhões. O Paraná plantou 984,6 hectares da fruta e colheu 26.291 toneladas.
Fonte: Agrolink