Comum nas regiões norte, nordeste e na região amazônica, a graviola é nativa das regiões tropicais da América e do Caribe, mas tem sido uma das grandes apostas de um agricultor goiano. Para este ano, a previsão é que a produção alcance 30 toneladas, um crescimento de 20% a partir da adoção do manejo orientado pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Goiás.

A fruta exótica tem muitas propriedades benéficas à saúde, além de baixa caloria (62 calorias a cada 100 gramas), as fibras presentes dão maior sensação de saciedade. É fonte de cálcio, magnésio, manganês e potássio, além de vitaminas B1, B2, B6.

Renato Oscarino Prado começou a vender a fruta em sua distribuidora, no Jardim Guanabara, em Goiânia. Ele adquiria a fruta de um produtor na região de Gameleira, cerca de 95km da capital. No entanto, há dois anos, o dono da fazenda decidiu se dedicar à produção de leite. Foi quando Prado resolveu arrendar a propriedade e tocar o cultivo.

“Muita gente acha difícil cultivar frutas, essas mais exóticas, mas com a assistência correta e principalmente amor pelo cultivo, a rentabilidade vem”, conta Renato.

“A planta de graviola é muito atacada por brocas que atingem o tronco, o fruto e a semente. Essa dificuldade exigiu a busca por assistência, que veio do Senar. Temos que ter muito cuidado para fazer esse combate para eliminar as brocas, mas não os besourinhos responsáveis pela polinização. Nós fazemos esse trabalho em planta por planta de forma manual”, conta.

Alta de 20% na produção

Hoje, a produção conta com 1.300 pés que compõem a plantação. A safra de graviola em Goiás vai de janeiro a julho e a produção em 2023 foi de 25 toneladas. Para 2024, a expectativa é aumentar 20%. “Uma das nossas propostas para termos resultados cada vez melhores é encontrar uma forma para que um trator consiga ser usado para fazer os tratos culturais”, revela Lucas Marquezan, técnico de Fruticultura da ATeg.

A coleta da fruta também é um desafio, tendo em vista que não há uma diferença visível o suficiente para que fosse feita na hora certa.

“Muitas eram colhidas imaturas demais, já os frutos que estavam no ponto e ficavam para a outra semana, ficavam perdidas no pomar”, lembra.

Fonte: JornalOpção