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Casal produz e exporta açaí do Pará para Austrália, Japão e EUA

Cardoso, um oficial da PM do Amazonas, e a pedagoga Letícia investiram, então, de R$ 6 mil a R$ 8 mil por mês em consultorias privadas para entender como funcionava o mercado internacional, quais eram as certificações necessárias, as embalagens adequadas, para quais países era melhor vender.

“Pagamos um ano sem ter resultados. Aí, conhecemos o agroBR, que nos capacitou de forma gratuita, orientou nas conexões e levou para feiras. Acabamos de chegar da Expo Santa Cruz, na Bolívia, fomos para a Austrália em junho deste ano e também para o Peru, além de participar no Brasil de rodadas presenciais e virtuais de negócios”, diz o produtor.

O agroBR é um projeto desenvolvido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com ApexBrasil, governo federal e Sebrae. O objetivo da iniciativa é organizar e aumentar o número de empreendedores rurais no comércio internacional.

Empresa fica em Inhangapi, no Pará — Foto: Divulgação
Empresa fica em Inhangapi, no Pará — Foto: Divulgação

A primeira exportação da Bona Fruit aconteceu no ano passado, com o envio de um contêiner de sorbet de açaí para a Austrália. O cliente gostou tanto que contratou um contêiner por mês. Outros pedidos mensais vieram do Japão e do mercado americano.

Cardoso conta que, devido ao tarifaço que impôs taxa de 50% aos produtos brasileiros nos Estados Unidos, a empresa que tem 36 funcionários ficou sem exportar para lá por dois meses, mas houve um acordo recente entre as partes e a venda foi retomada. “Baixou o preço aqui e o importador pagou um pouco mais lá”, resume.

Agora, eles estão negociando com compradores da Europa e América do Sul. As exportações representam 30% do volume de vendas da empresa e 40% do faturamento. Por mês, são produzidas 280 toneladas de polpa de açaí e 180 toneladas de sorbet. O plano é aumentar a área de plantio e a capacidade da fábrica e mandar para o exterior 70% da produção.

Casal também compra frutas de outros produtores  — Foto: Divulgação
Casal também compra frutas de outros produtores — Foto: Divulgação

O açaí colhido é beneficiado, ou seja, passa por lavagem, branqueamento e processamento no mesmo dia e segue para armazenamento em câmara fria, a menos de 18ºC. Na colheita, a Bona Fruit usa ganchos para puxar as touceiras das árvores. Além do próprio açaí, o casal compra as frutas de fornecedores que fazem a colheita extrativista.

A plantação 100% irrigada tem adubação orgânica e a água usada na indústria é tratada de forma sustentável no modelo de economia circular, segundo o produtor. O caroço do açaí é vendido para empresas que fazem sua queima para uso como substituto do carvão em siderúrgicas.

Na COP30, em Belém, o casal pretende lançar uma startup para fazer coleta seletiva do caroço de açaí junto a outros produtores, conectando quem tem o caroço com quem faz a coleta.

Fonte: Globo Rural