As exportações de frutas no primeiro trimestre de 2021 cresceram 7% em volume comparado ao mesmo período que no ano anterior, o que demonstra que o setor continua em crescimento mesmo com todos as incertezas, principalmente nas questões de logísticas, causadas pela segunda onda da Covid-19.
O setor vendeu ao mercado externo mais de 245 mil toneladas de frutas. Em receita, faturou cerca de US$193,5 milhões, 14% a mais que em 2019, principalmente devido ao câmbio que tem sido bastante favorável.
Dentre as principais frutas exportadas, destaque para uva que teve aumento de 105% a mais nas vendas. A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS) conclui que diferentemente do ano passado, o clima neste trimestre foi mais favorável e fez com que os volumes voltassem a normalidade. As chuvas que ocorreram no mesmo período de 2020 prejudicaram a qualidade da fruta e consequentemente as exportações.
“Outro fator que influenciou positivamente este desempenho foi a janela de exportações ao mercado americano no primeiro trimestre de 2021 que vem em uma crescente. Os produtores de uva do Chile, nosso grande concorrente no mercado americano, tem enfrentado problemas climáticos, o que proporcionou aumento nas vendas das uvas brasileiras para os EUA”, explica o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho que também é produtor de uva e manga.
A maça teve alta de 89% e isso decorre da safra positiva este ano que registrou aumento de aproximadamente 20%, aliado também a qualidade dos frutos e na maior procura pela fruta brasileira, principalmente pela Rússia, Índia e Bangladesh.
O Brasil é o maior produtor de laranja do mundo, seguido por Estados Unidos, China, Índia, México, Egito e Espanha. Neste primeiro trimestre as exportações dessa fruta cresceram 2.878%. Abrafrutas explica que esse salto ocorreu devido a retomada das exportações neste ano, pois em 2020, elas foram prejudicadas por problemas fitossanitários e de qualidade.