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Embrapa gera ‘lucro social’ de R$ 62 bilhões em 2020

Receita líquida da estatal foi de quase R$ 3,5 bilhões e presidente afirmou que ‘fantasma da privatização foi exorcizado’

O “lucro social” gerado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) alcançou R$ 61,85 bilhões em 2020, segundo balanço divulgado hoje.

O valor foi calculado a partir da análise do impacto econômico de 152 soluções tecnológicas e cerca de 220 cultivares desenvolvidas por seus pesquisadores. A receita líquida da estatal, vinculada ao Ministério da Agricultura, foi de quase R$ 3,5 bilhões no ano passado. Com isso, o índice de retorno social calculado pela empresa chegou a R$ 17,77 para cada real aplicado.

Apesar do ano complicado, em função da pandemia, o presidente Celso Moretti ressaltou que a empresa manteve as atividades de pesquisa e entrega de tecnologias. “A pesquisa agropecuária feita na Embrapa não parou, continuamos fazendo entregas importantes para a agricultura brasileira”, disse durante entrevista coletiva nesta terça-feira.

São 43 unidades da Embrapa espalhadas pelo Brasil. Do lucro social, R$ 56 bilhões se devem às tecnologias geradas e R$ 4 bilhões relacionadas às cultivares que Embrapa coloca anualmente à disposição dos agricultores. Além disso, a estatal calcula que 41.475 empregos foram gerados em 2020 a partir das tecnologias desenvolvidas pela empresa. “Para cada R$ 1 real, a Embrapa devolveu para a sociedade R$ 17”, destacou Moretti.

‘Fantasma da privatização’

O presidente da estatal, Celso Moretti, afirmou que o “fantasma da privatização” da estatal foi “exorcizado”. Segundo ele, a empresa se mostrou ainda mais estratégica para a segurança alimentar do Brasil e dos países para onde o setor agropecuário nacional exporta em um cenário de pandemia. A possibilidade de privatizar ou desestatizar a Embrapa foi ventilada no início do governo.

“Creio que sim [que o fantasma foi exorcizado]. Trabalhamos bem na exorcização desse fantasma. A Embrapa é uma empresa do Estado brasileiro”, assegurou durante entrevista coletiva nesta terça-feira. “Não é mais questão de segurança alimentar, mas de segurança nacional para o Brasil”, continuou.

Moretti citou a manutenção do banco genético da Embrapa, que tem mais de 120 mil amostras de plantas, animais e microorganismos, para demonstrar a importância da empresa permanecer pública. “Imagina se esse patrimônio público não estiver na mão da sociedade brasileira. Em plena pandemia, a ciência mostrou que foi, é e continuará sendo importante para superar esses desafios”, pontuou.

“Imagina se aparece uma doença séria, como coronavírus, na soja ou no tomate, ou no frango, suíno, gado, caprinos, ou no milho. E se não tivermos nenhum fungicida, pesticida, inseticida para controlar, onde vamos buscar variabilidade genética para resolver esse problema? A Embrapa é estratégica para o futuro do Brasil, da segurança alimentar do Brasil e mais de 170 países ao redor do mundo”, completou.

Fonte: Valor Investe