Mesmo com a pandemia da Covid-19, exportações de frutas cresceram 17,93% no primeiro trimestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2020
A pandemia da Covid-19 afetou as vendas das produções brasileiras para mercados internacionais. Mas há setores que conseguiram se sobressair e até crescer, mesmo diante deste cenário tão adverso. Esse foi o caso das frutas produzidas na região do Vale do São Francisco, em Pernambuco. As exportações de uva e de manga tiveram crescimento robusto este ano. Somando as duas frutas, o crescimento foi de 17,93% no primeiro trimestre de 2021 comparado ao mesmo período de 2020. Em receita, o aumento foi de 26,3%.
Expectativa é de melhora
Nos três primeiros meses de 2021, foram exportadas 27.114 toneladas das duas frutas, o que representou US$ 34 milhões em negócios. No mesmo período do ano passado, foram exportadas 22.993 toneladas, somando uma receita de US$ 27 milhões. “Diferentemente de 2020, este ano teve um menor volume de chuvas na região do Vale do São Francisco, o que foi bom porque não gerou perda na qualidade da fruta. A chuva no ano passado foi além do que se esperava, então não foi tão interessante. Para exportar, a qualidade da fruta precisa estar muito boa”, disse Lustoza.
“Para exportação, 2021 deve ser um ano muito interessante porque a pandemia pode diminuir e melhorar a situação no segundo semestre lá fora, período em que se concentra o maior volume de exportação”, complementou ele.
“Estamos tendo também no Vale um crescimento de área de produção. Não temos como saber o número exato, mas estima-se um aumento entre 37 e 40 mil hectares de áreas para produção da manga, o que também impulsiona a exportação”, disse Lustoza. Expectativa é de melhora no mercado interno.
Apesar da venda para o mercado nacional não acompanhar os mesmos volumes para exportação, a expectativa do setor é de uma melhora interna no segundo semestre deste ano. “O consumo reduziu no mercado brasileiro nos últimos meses, muito prejudicado pela crise. Isso porque tivemos problema para escoar a produção, já que muitos empreendimentos, como restaurantes, empresas, bares, estiveram fechados durante o período por causa da pandemia. Mas a nossa previsão é de melhora no mercado interno a partir dos próximos meses, contando a partir de junho, pela flexibilização das atividades”, explicou Lustoza.