Capina elétrica obteve resultados animadores em testes em frutas com e sem caroço
Os bons números do País se devem principalmente pela extensão territorial, posição geográfica e condições de clima e solo privilegiadas. Outra parte dos bons resultados contempla o uso de tecnologias, cuidados dos produtores com a produção e uma boa manutenção das áreas das árvores. Tudo isso contribui significativamente para a obtenção destes rendimentos de alta qualidade.
Falando especificamente das áreas das árvores é preciso manutenção e muita atenção para assim reduzir a competição por água e nutrientes que as ervas daninhas causam. Tradicionalmente os fruticultores utilizam principalmente herbicidas foliares e de solo para resolver o problema. Contudo, o uso desses produtos está sob crescente pressão em todo mundo, incluindo o Brasil. “As autoridades responsáveis pelo licenciamento estão tornando mais rígidas as regras para o uso de ingredientes ativos ou proibindo-os. O uso de glifosato em particular é controverso e está sendo bastante questionado. Nos últimos 16 anos, o número de ingredientes ativos comumente utilizados diminuiu em 37%”, aponta o Co-CEO da Zasso Group, Sergio Coutinho.
Por isso, são necessárias alternativas cada vez mais “verdes”, com emissão zero carbono por exemplo, como a proposta da multinacional que tem sede na Suíça, especialista em soluções elétricas para o controle das temidas ervas daninhas. Para comprovar a eficácia dessa tecnologia na fruticultura foram realizados ensaios por diferentes instituições de pesquisa na da Europa com uvas e frutas com e sem caroço.
Testes na Alemanha
Um destes testes foi realizado na Alemanha, dentro da estação experimental de frutas do Centro de Serviços Ländlicher Raum – Rheinpfalz, Klein-Altendorf, na cidade de Rheinbach. Em 2020, dois métodos de capina foram comparados pela equipe de pesquisa, uma referência mecânica e a tecnologia Electroherb™ da Zasso Group utilizando a máquina XPS. Os resultados mostraram uma redução efetiva de ervas daninhas com as duas modalidades, porém na elétrica, a cobertura delas diminuiu ainda mais, com controle visível 14 dias após a aplicação.
No final da estação, em outubro, o tratamento Electroherb™ apontou uma cobertura de ervas daninhas menor do que o mecânico, o que indicou o efeito sistêmico característico da solução da Zasso Group. “Nossa tecnologia reduziu o potencial de recrescimento de ervas daninhas. Inclusive as típicas ilhas de capim ao redor dos caules (que são um problema no tratamento mecânico) foram efetivamente controladas pelo Electroherb™”, explica Coutinho.
Ou seja, aplicada pelos dois institutos de pesquisa, mostrou que seu modo de ação representa uma alternativa adequada para os fruticultores. A partir disso, a empresa realizará pequenas adaptações nos aplicadores e que foram percebidas nos ensaios. “Bem-sucedidas com certeza permitirão uma transição rápida do controle químico de ervas daninhas de pomares convencionais, bem como de práticas de cultivo orgânicas, principalmente mecânicas, para a solução de ervas daninhas elétricas, ambientalmente correta e muito mais conservadora do solo”, relata o Co-CEO da empresa.
O meio ambiente agradece
Com atenção especial ao comportamento ambiental da capina elétrica, as universidades e instituições de pesquisa avaliaram o impacto na vida do solo e não encontraram danos severos nem em Colêmbolos, que são artrópodes presentes na terra, e nem nas minhocas durante dois anos de aplicações extensivas. “Durante a utilização da nossa solução não há aquecimento térmico do solo e a integridade de sua estrutura não é afetada. Ou seja, o ambiente continua preservado. Com esta perspectiva, a tecnologia Electroherb™ pode ser considerada um método de controle de ervas daninhas ecológico e eficaz”, finaliza Coutinho.