O cultivo de acerolas teve um forte crescimento nos últimos vinte anos
São 1.300 hectares e mais de 200 mil pés de acerolas, que produzem 10 mil toneladas de acerola orgânica; 50 mil mudas produzidas ao ano em um viveiro de 42 hectares; 112 produtores integrados; 280 empregos diretos. A capacidade de processamento da fruta é de 15 mil toneladas ao ano e 1,2 mil tonelada de processamento de pó.
O Brasil concentra 90 variedades de acerola ou 95% do que há no mundo. O cultivo de acerolas teve um forte crescimento nos últimos vinte anos, sendo hoje uma importante cultura principalmente para a economia da região Nordeste. Também deu forte impulso para a agroindústria.
Para ser orgânico o produto deve ser cultivado em um ambiente que considere a sustentabilidade não só no aspecto produtivo como no social, ambiental e econômico. Isso demanda investimento em processos, nos trabalhadores da fazenda, suas famílias e entorno. A fazenda adota manejos voltados para a agricultura biodinâmica, que mescla conhecimentos químicos, geológicos e astronômicos.
Um desses passos inclui o uso de matéria orgânica no solo para a menor liberação de gás carbônico e proteger de erosões. Em média são usados 3 mil toneladas de compostagem e biofertilizantes por ano, tudo certificado.
Em Ubajara, foram usados sistemas de irrigação por gotejamento, que têm como vantagens o baixo consumo de energia, de água e alta eficiência na aplicação. Além disso, o sistema foi aproveitado para fertirrigação. Houve uma economia de água de 70% em relação ao pivô. O pivô central, porém, não foi abandonado e sim adaptado. Este tipo de irrigação é feita por meio de uma torre, com uma estrutura suspensa que gira de forma circular para a parte superior da plantação. As torres podem se mover por meio de dispositivos eletrônicos.
Também foram criadas máquinas para oportunizar a colheita mecanizada da acerola, que reduz os custos de produção, evita o desperdício e libera a lavoura mais cedo para nova florada. Não havia no Brasil registros de colheita mecanizada para a fruta.
A fábrica pode produzir polpa, concentrado líquido e pó de acerola, em ordem crescente de concentração de vitamina C. Para produzir 1 kg de concentrado líquido de acerola são necessários 4,9 kg de fruta e 1 kg de concentrado em pó exige 15 kg de fruta. De lá sai 1,2 mil tonelada de vitamina C que servem como insumo.
O consumo da vitamina C é algo que afeta a saúde. Para garantir que o produto ingerido seja extremamente puro e seguro, todas as fases da produção passam pelos mais rígidos controles. Não é diferente no processamento final, onde o pó de acerola sai com uma concentração de até 22% – sem precedentes no mercado mundial.
A rastreabilidade permite identificar de onde vêm os ingredientes usados para fazer os suplementos, sejam eles provenientes da Fazenda Nutrilite ou dos fornecedores integrados. São 8 mil toneladas de acerolas processadas anualmente destinadas ao mercado internacional. Estados Unidos e China são os principais destinos da matéria prima que, posteriormente, ganha o mundo em forma de suplementos e vitaminas e alguns produtos cosméticos.
Fonte: AGROLINK –Eliza Maliszewski