Diretor do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, defende que é necessário ter calma e pesquisar antes de comprar: ‘o pânico só vai gerar lucro para vários estabelecimentos’

A paralisação de caminhoneiros intensificada entre a noite de quarta-feira (8) e a madrugada de quinta-feira (9) bastou para impactar nos preços dos alimentos comercializados em Belo Horizonte e na região metropolitana.
Mesmo sem indícios de desabastecimento de alimentos, o consumidor já pôde sentir no transcorrer do dia a elevação de preços nos supermercados e sacolões – especialmente no setor de hortifruti.
Maurício Santos, gerente do ABC Plus, que recebe produtos adquiridos na CeasaMinas, esclareceu que o movimento dos motoristas de caminhão na madrugada foi suficiente para que algumas frutas tivessem seus valores elevados em até 20%.
“Nesse primeiro momento, as frutas foram as que mais sofreram impactos, como laranja, coco verde, maracujá, limão e melancia, que tiveram acréscimo de 20%. Sobre o impacto da paralisação, sentimos muito mais nos preços do que na falta das mercadorias”, pontuou. Ainda segundo ele, não há como sacolões se preparem para futuras greves. “Nós não temos como estocar nada. É viver um dia de cada vez e torcer para que não falte nada nas prateleiras”.
Mesmo com sacolões e supermercados de médio porte já indicando aumento nos valores praticados nas tabelas de hortifruti, o especialista em administração e diretor do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, reforça a importância de pechinchar, uma vez os preços ainda podem disparar.
“O momento agora é de ter calma, mesmo porque o pânico só vai gerar lucro para vários estabelecimentos. Se você viu uma fruta, um pão, um arroz que subiu muito, compre de outra marca ou pesquise mais preços”, aconselha.
Fonte: Itatiaia