O grupo foi recebido por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), das superintendências federais de Pernambuco e da Bahia, do Vigiagro, das agências de defesa agropecuária dos dois estados e por produtores de fruticultura irrigada da Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport).
As packing houses (instalação onde a fruta é processada antes de chegar ao mercado) do Vale do São Francisco são fiscalizadas pelo Mapa, especialmente em relação à adoção de tratamento hidrotérmico e controle de pragas, como a mosca-da-fruta.
“Foi um encontro importante para mostrar a força e a importância que o programa de exportação de frutas irrigadas têm para o Brasil”, afirmou o superintendente federal de agricultura em Pernambuco, Carlos Ramalho.
Após a reunião técnica, a comitiva, composta por Jessica L. Simon (cônsul-geral dos Estados Unidos em Recife) e Kelsey Branch (diretora do Animal and Plant Health Inspection Service para América do Sul – serviço do Ministério da Agricultura dos Estados Unidos para inspeção sanitária, visitou pomares, packing houses e vinícolas.
Exportação de manga
Em 2020, as exportações da manga nacional atingiram o valor de U$S 246,9 milhões, com a venda de 243,2 mil toneladas, segundo o Observatório do Mercado de Manga da Embrapa Semiárido (PE). Em volume de exportação, os números representaram um aumento de 13% em relação a 2019, se mantendo acima da média durante todo o ano.
As variedades Tommy Atkins têm como principal destino o mercado norte-americano; e Kent, Keitt e Palmer, para a Europa.
A região do Vale do São Francisco, situada no semiárido nordestino, lidera a exportação da manga nacional, com 212,2 mil toneladas no último ano, correspondendo a 87% do total exportado da fruta pelo Brasil.
As águas do Rio São Francisco que abastecem os distritos de irrigação fazem da manga a fruta mais cultivada e com maior importância econômica e social na região. Segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), a área plantada em 2020 foi de 49 mil hectares, a maior do Brasil.
Com o uso da irrigação e a disponibilidade de sol, a região consegue manter a produção da fruta durante todo o ano, abastecendo os mercados interno e externo.
As variedades mais plantadas são Palmer, Tommy, Kent e Keitt, apesar de se encontrar outras, como Haden, Ataulfo, Rosa e Espada Vermelha.
A mangicultura do semiárido também é conhecida pelos altos rendimentos alcançados e pela qualidade da fruta. Mesmo sendo uma atividade altamente intensiva em tecnologia, é cultivada na região por pequenos e grandes produtores, um resultado favorecido pela ampliação dos investimentos e linhas de crédito e também pela pesquisa agropecuária, com a disponibilização de pacotes tecnológicos cada vez mais precisos.
* Com informações da Embrapa Semiárido
Fonte: Mapa