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Abrafrutas participa da assinatura para início do projeto Canal do Sertão Baiano

A convite do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) participou na manhã desta terça-feira (22) da assinatura do documento que dará início ao projeto “Canal do Sertão Baiano”. O evento teve a participação do ministro da Cidadania, João Roma e de diversos representantes do governo e entidades ligadas ao setor como a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

O Canal do Sertão baiano será uma obra de infraestrutura hídrica realizado no estado da Bahia que visa atender à população que sofre com a falta de água, assim como, promover a melhoria na produtividade agrícola da região por meio da irrigação. Com 330 quilômetros de extensão, a obra levará água a mais de um 1,2 milhão de pessoas de 44 municípios da Bahia.

A Bahia é o segundo maior estado produtor de frutas, sendo este seguimento responsável por gerar R$ 3,1 bilhões à economia, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A água é essencial para a produção de frutas, a escassez dela no período de safra pode causar prejuízos na produção e também risco de mercado. Para o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho, a assinatura deste documento é um marco, pois o projeto irá beneficiar milhares de perímetros irrigados, consequentemente mais produção de frutas, mais emprego e mais renda para a população.

“Para os produtores de frutas, este será um dos projetos mais importantes desenvolvidos na região, pois muitos ali só conseguem produzir por meio de sistema de irrigação. Sem ele, não conseguiriam fornecer as frutas para o mercado interno e nem para a exportação”, explicou Guilherme Coelho.

O ministro da cidadania, João Roma, falou na cerimônia sobre a perda do protagonismo nacional baiano, por diversas questões, dentre elas a falta de infraestrutura hídrica. De acordo com ele, em 1901 o PIB da Bahia só perdia para o estado do Rio de Janeiro e por escassez energética foi perdendo investimentos, concentrando-se no eixo Sul e Sudeste.

“Está será uma reparação histórica ao estado doador, ao estado da Bahia, que fez com que pudessem fluir as águas do Rio São Francisco até o Rio Grande do Norte (RN), Ceará (CE), Paraíba (PR), Pernambuco (PE) e etc. Este último trecho, o Canal do Sertão Baiano é antes de tudo uma reparação histórica para o nosso povo”, disse o dirigente da pasta.

Ainda segundo Roma, este canal passará por regiões altamente adensadas, por isso a insistência na extensão do estudo para abranger a perenização do rio Vaza-Barris. Uma reparação histórica não somente no estado da Bahia (BA), mas também na de Sergipe (SE).

Emocionado por estar à frente deste projeto, o ministro do desenvolvimento regional, Roberto Marinho, relembrou que esta obra foi sonhada por Dom Pedro II e pelo povo Nordestino durante mais de 200 anos.

“Só sabe a importância de uma ação como essa quem é Nordestino.  Eu que li “Os Sertões”, estou tendo a oportunidade 40 anos depois, com um gesto e uma caneta, tornar a realidade e profecia de Antônio Conselheiro em que o sertão vai virar mar. No ano do nosso bicentenário, no dia 9 de fevereiro, que a chegada das águas no Rio Grande do Norte a quem agradecemos muito a Bahia, Minas, Sergipe, Alagoas, aos estados irmãos seja também um dia da liberdade do Nordeste Brasileiro”, concluiu Marinho que em seguida assinou o documento.