Por vezes, municípios de Roraima se veem impedidos de exportar frutos em virtude da presença da praga, a exemplo do que aconteceu em março do ano passado. “Tenho certeza que não isso não vai acontecer de hoje pra manhã. Mas um dia, e isso depende de nós, vamos dizer que a região de vocês está livre da mosca da carambola. Eu não tenho dúvida”, declarou.
Durante a entrevista à atração da Folha FM, Guilherme Coelho defendeu o potencial da união dos agricultores familiares e o compartilhamento de ideias entre esses produtores. “Pra você crescer, tem que crescer junto, porque o meu concorrente não é o do lado, mas a África do Sul, Peru, Chile, esse sim tá concorrendo comigo”.
Ele compôs a comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Rússia e revelou uma conversa que teve com empresários daquele País, a quem pediu sensibilidade na definição do preço dos fertilizantes conforme a realidade dos pequenos produtores. “São muitos pequenos que se tornam grandes e precisam de fertilizantes a um preço adequado e justo, pra que eles possam fazer pequena plantação pra conquistar, no final, lucro”, declarou Guilherme Coelho, que disse representar 75% dos produtores de frutas no Brasil, os quais são associados à Abrafrutas.
Segundo ele, a fruticultura emprega atualmente 5,5 milhões de pessoas no Brasil, que é o terceiro maior produtor mundial de frutas do mundo e o 23º País que mais exporta o produto no planeta. Para Guilherme Coelho, o País precisa abrir mais mercados para subir nessa lista.
“Já abrimos o Chile pro limão, dois anos atrás foi o mercado do melão na China. Estamos correndo pra abrir o mercado da uva pra China também, do avocado e da manga. Precisamos abrir mercado total. E, infelizmente, isso leva tempo”, disse.
Por fim, Guilherme Coelho incentivou os pequenos produtores a escolherem nas eleições de 2022 candidatos que “sintam a sua dor”. “O pequeno agricultor, o assentado, o colono, têm que votar numa pessoa que sinta a dor que sentem”, pontuou.
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