3ª Rota de Exportação para os Emirados Árabes Unidos focou nas oportunidades de comercialização para o mercado árabe
O coordenador do escritório da Confederação em Dubai, Rafael Gratão, fez uma apresentação sobre os Emirados e região do Oriente Médio, com dados comerciais, hábitos de consumo e principais players voltados ao comércio eletrônico.
Segundo Gratão, os Emirados Árabes Unidos é o mercado que mais cresce no mundo e o e-commerce do país atingirá US$ 9,2 bilhões em 2026.
“A tendência é que as plataformas de varejo internacionais cresçam, passando de 19,2% para 34% de participação no mercado. O que contribui para esse crescimento são os investimentos locais por parte do governo e de empresas privadas proporcionando logística e acesso à internet, além do poder de compra da população local.”
Rafael Gratão reforçou que o país tem estrutura para proporcionar esse crescimento, com a internet móvel rápida e uma capital, Dubai, que demonstra a importância do comércio eletrônico para a economia do país, com um distrito dedicado a serviços digitais, inovação e tecnologia e uma zona de livre comércio exclusiva para e-commerce.
Silvia Pierson, diretora do escritório da InvestSP Dubai, mostrou os principais sites e aplicativos de grandes varejistas e marketplaces que operam na região como Carrefour, Lulu Hypermarket, Kibsons e Spinneys, esses últimos voltados à oferta de produtos frescos que já oferecem frutas brasileiras como limão, manga palmer, melão e mamão papaya.
Além das facilidades para acessar o mercado árabe, existem desafios para os empresários que querem vender no país, como a cultura de pagamento apenas em dinheiro, dificuldade logística, falta de um sistema unificado de endereços e alta taxa de devoluções.
“Os Emirados Árabes é um mercado importante para o Brasil, por importarem mais de 80% do que consomem. Hoje nós somos o terceiro fornecedor de alimentos para o país, atrás apenas da União Europeia e Estados Unidos. A pauta ainda é concentrada, mas há oportunidade para todos os segmentos”, afirmou Rafael Gratão.
A rodada também teve a participação da gerente do programa de parcerias da Tradeling, Ligia Mostert, plataforma B2B (negócio para negócios) que opera desde 2020 no mercado árabe oferecendo produtos em 14 categorias.
“Entendemos que o futuro do comércio é digital e precisamos construir um ecossistema digital bonito e fácil de usar. Na Tradeling permitimos a compra em toda cadeia de produção como arroz, farinha, leite, ovos e todos os produtos de commodities”, afirmou.
De acordo com a gerente, a plataforma oferece diversas vantagens para as empresas que querem comercializar seus produtos pela empresa, como segurança logística, além do negócio não necessitar de ter um escritório nos Emirados, equipe e licenças comerciais.
Os empresários do Agro.BR já participaram de outros dois seminários que abordaram o mercado dos Emirados Árabes. O primeiro tratou das oportunidades no mercado e o segundo sobre logística e free zone.
Para saber mais sobre o Agro.BR , acesse a página do projeto: https://cnabrasil.org.br/projetos-e-programas/agro-br