Acordo permite que as transações comerciais entre os dois países sejam feitas em yuan e convertidas em reais, sem a necessidade de intermediação do dólar
O Banco Central do Brasil assinou um memorando de entendimentos com o Banco Central da China para permitir que as transações comerciais entre os dois países sejam feitas em yuan e convertidas em reais de forma mais rápida e menos custosa, sem a necessidade de intermediação do dólar.
O acordo prevê que o Banco Central da China indique uma instituição autorizada a operar em câmbio no Brasil para atuar como uma “offshore clearing bank no Brasil”.
A implantação desse arranjo de pagamentos no país tem o potencial de aumentar a liquidez local de yuan, manter reservas cambiais em moeda forte no país, reduzir intermediários nos pagamentos internacionais e aproximar o sistema de pagamentos local ao chinês, com aumento da eficiência operacional em termos de redução de custo e tempo.
As operações estão asseguradas a subordinação à nova lei cambial, às regulações infralegais pertinentes, às normas jurídicas referentes à autorização, à regulação, à supervisão e aos sancionamentos de eventuais modelos de negócio a serem desenvolvidos ou incrementados após a celebração do memorando de entendimentos.
A China é a maior parceira comercial do Brasil há 13 anos, mas as vendas para o país são esmagadoramente de commodities, enquanto o país asiático exporta produtos de maior valor agregado para o Brasil.
O novo sistema busca diminuir essa distância e aumentar a possibilidade de exportação de mercadorias de alto valor agregado da China para o Brasil e vice-versa.