Evento acontece em paralelo à Wine Trade Fair e Cachaça Trade Fair, de 18 a 20 de abril, em São Paulo (SP)
Garantir a qualidade do vinho na taça e, ao mesmo tempo, desenvolver sistemas de produção com o mínimo de impacto ambiental são aspectos que vêm ganhando destaque no setor vitivinícola. Apesar de ser considerado novato no mundo do vinho, o Brasil já está à frente de países tradicionais neste quesito, o que pode ser um grande diferencial para a produção nacional, com a ampliação do uso das cultivares desenvolvidas pelo “Programa de Melhoramento Genético Uvas do Brasil”, coordenado pela Embrapa.
Essa é a base da palestra “Vinhos de mesa: oportunidades para aumento da qualidade e competitividade utilizando cultivares made in Brazil”, que será apresentada pelo chefe de Transferência da Embrapa Uva e Vinho, Marcos Botton, na tarde do dia 19 de abril no Congresso Internacional da Cachaça e do Vinho, que acontece em paralelo à Wine Trade Fair e Cachaça Trade Fair, de 18 a 20 de abril, em São Paulo (SP).
“O desenvolvimento de cultivares de uvas para processamento pela Embrapa, adaptadas ao clima e solo do Brasil, resistentes a doenças e que produzem uvas de elevado potencial enológico é um diferencial que deve ser cada vez mais explorado pelos produtores brasileiros e divulgado para os consumidores”, pontua Marcos Botton. Desde a sua criação em 1977, o Programa de Melhoramento da Embrapa tem a atuação direcionada para disponibilizar cultivares competitivas no mercado, visando agregar valor aos produtos e renda para os produtores, como é o caso das uvas para processamento tolerantes às principais doenças.
Segundo a última edição do Panorama da Vitivinicultura Brasileira, produzido pelos pesquisadores Loiva Ribeiro de Mello e Carlos Ely Machado, em 2021, no Rio Grande do Sul foram elaborados 173,90 milhões de litros de vinhos de mesa, a partir de uvas americanas ou híbridas, representando 80% da produção, e 43,47 milhões de vinhos finos, elaborados com uvas V. vinifera. Já com relação à comercialização, em 2021 na categoria de vinhos de mesa foram comercializados 210,01 milhões de litros, representando 88,6% da comercialização.”Dentro desta perspectiva, acreditamos que temos um grande espaço para ampliar ainda mais a produção dos vinhos de mesa no Brasil, com o uso das cultivares desenvolvidas pela Embrapa”, destaca Marcos Botton.
Com o tema “Disrupção e Transformação no Ambiente da Gestão Empresarial”, o congresso irá apresentar uma série de alternativas, a exemplo da Embrapa, do que as empresas do setor de bebidas estão fazendo para enfrentar novos desafios que se apresentam no modo da realidade aumentada, inteligência artificial, delivery inteligente e novas formas de consumo, entre outros. Confira a programação completa em: https://www.winetradefair.com.br/congresso
Serviço:
Palestra: “Vinhos de mesa: oportunidades para aumento da qualidade e competitividade utilizando cultivares made in Brazil”, que integra o Congresso Internacional da Cachaça e do Vinho (Cicavi) que acontece em paralelo à Wine Trade Fair e Cachaça Trade Fair.
Sobre o palestrante:? Marcos Botton tem Graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Pelotas (1990) com Mestrado (1994) e Doutorado (1999) em Ciências Biológicas na Universidade de São Paulo (ESALQ). Em 2008 realizou pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Berkeley nos EUA. Atualmente é pesquisador e Chefe de Transferência de Tecnologia na Embrapa Uva e Vinho onde coordena as atividades de inserção de novos ativos tecnológicos para o setor produtivo. *Embrapa
Quando: às 15h30 do dia 19 de abril – Informações adicionais: https://www.winetradefair.com.br/congresso
Fonte: Revista da Fruta