Pomares são contaminados pela bactéria que causa doença; há deformação de frutos e morte das plantas
O primeiro encontro será em Lavras, no Sul de Minas, com a presença de cerca de 15 técnicos da Emater-MG. As capacitações também ocorrerão em outras importantes regiões produtoras de citros: Triângulo Mineiro, no dia 13, além da Zona da Mata e Campo das Vertentes, em agosto. Também está previsto um segundo treinamento no Sul para os técnicos que atuam nos municípios próximos a Alfenas e Pouso Alegre.
O coordenador estadual de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio, explica que as capacitações para o controle do greening fazem parte da estratégia da Secretaria de Estado de Agricultura (Seapa) para o combate à doença em Minas Gerais. “Esta capacitação é para que nossos técnicos tenham ciência da gravidade da doença e repassem as informações para os produtores. A essência do treinamento é sobre as ações para evitar a entrada do greening nos municípios. E nos locais onde a doença já esteja presente, quais devem ser os procedimentos. Entre eles, deve-se eliminar a planta contaminada, enviar amostras para um laboratório com acompanhamento de órgãos de defesa vegetal”, explica Sanábio.
Além do coordenador de Fruticultura da Emater-MG, o treinamento contará com a participação de especialistas do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Universidade Federal de Lavras (Ufla).
Greening
Ainda não existe cura para o greening. Nas plantas contaminadas pela bactéria que causa a doença, ocorrem deformação, maturação irregular, queda das frutas e morte das plantas. Ele é de difícil controle, pois é disseminado por um inseto que contamina as plantas com a bactéria ao sugar a seiva.
A doença apareceu no País em 2004. Em Minas Gerais, surgiu primeiro nas regiões Sul e Triângulo Mineiro, que fazem divisa com São Paulo. No decorrer dos anos, a incidência do greening vem aumentando em número de municípios e avançando para outras regiões do Estado.
“A ação da bactéria é mais drástica na tangerina. Mas também prejudica lavouras de limão e laranja. O fruto fica deformado, sem semente, com menor teor de suco. O consumidor não quer este tipo de fruto. Além disso, a planta vai definhando até morrer. Com a queda de produção, o agricultor começa a ter problemas financeiros”, alerta o coordenador da Emater-MG.
Entre as medidas de controle estão uso de mudas sadias e de viveiros certificados, eliminação das plantas com os sintomas da doença e daquelas que estão próximas a elas, além do controle do inseto que transmite a doença.
“Mais pulverização para o controle do inseto requer recurso. Isso afeta diretamente o custo de produção. Pode até inviabilizar a atividade. Por isso, é importante ter conhecimento das características da doença e de como evitá-la”, finalizou Sanábio. (Emater-MG).
Fonte: Diário do Comércio