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Boas Práticas na Produção de Frutas e Hortaliças: preservação da idoneidade, da sanidade dos produtos e a garantia da oferta de alimentos seguros para o consumidor

A explicação é do PhD em Fitotecnia-Fitomelhoramento Danilo Sánchez-Chacón, associado da Unitec

 

A produção agrícola brasileira mostra indicadores altamente significativos na produtividade das lavouras de grãos, frutas e hortaliças, como resultado da dedicação e especialização dos produtores. No entanto, o emprego das tecnologias e o manejo integral na propriedade precisam de revisão e de ajustes técnicos, necessários para alcançar maior eficiência produtiva e qualidade, para assegurar a renda, a sustentabilidade do ambiente, a segurança alimentar e o acesso aos mercados e consumidores.

A explicação é do PhD em Fitotecnia-Fitomelhoramento Danilo Sánchez-Chacón, associado da Unitec. Segundo ele, o Brasil se encontra entre os maiores países produtores e exportadores mundiais de produtos agropecuários e precisa avançar no aprimoramento da obtenção de alimentos seguros e certificados para o mercado interno e a exportação.

“A adequação das cadeias produtivas aos princípios de sustentabilidade, rastreabilidade e segurança dos alimentos é uma tarefa de alta prioridade. Na produção de frutas e hortaliças, o manejo criterioso e a racionalização dos recursos são emendas necessárias para a prosperidade do agronegócio de forma crescente, consistente e segura”, afirma.

As Boas Práticas Agrícolas (BPAs), aplicadas no primeiro setor e na sequência das atividades na cadeia da produção, são importantes ferramentas de ajuste para o manejo com critérios de segurança e racionalização dos insumos e a sua utilização.

“As BPAs auxiliam no registro das atividades agrícolas desde o plantio até a colheita e transporte aos mercados. Facilitam o monitoramento permanente, a organização e gestão da propriedade e permitem estabelecer a rastreabilidade da qualidade dos alimentos desde a lavoura até a mesa do consumidor”, destaca Sánchez-Chacón.

O profissional segue, ressaltando que as Boas Práticas Agrícolas têm como objetivo maior a preservação da idoneidade, da sanidade dos produtos e a garantia da oferta de alimentos seguros para o consumidor final, ao amparo da adequação às normativas legais.

“As normas legais, que estão em vigência e devem ser aplicadas em cada segmento da produção, foram elaboradas para monitorar mediante a rastreabilidade, a produção da matéria-prima, o transporte, a elaboração e processamento industrial, a distribuição e a comercialização dos alimentos. Todas estas atividades nos diferentes setores são passíveis de controle e fiscalização.”

Assim, a Instrução Normativa Conjunta nº 2/2018 Mapa/Anvisa foi implementada com o objetivo de assegurar ao consumidor que o produto de origem vegetal que ele compra está livre de contaminantes ou residuais químicos ou biológicos.

“O controle dos vegetais frescos poderá ser feito pelos serviços de fiscalização e monitoramento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela atuação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) conforme as competências estabelecidas, respectivamente, na Lei 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e nas Leis 9.972, de 25 de maio de 2000, e 8.171, de 17 de janeiro de 1991.

O Mapa é o responsável por monitorar os empreendimentos rurais, os setores de classificação, beneficiamento e armazenamento, os distribuidores e os atacadistas, e a Anvisa exerce o controle no atacado e no varejo (supermercados e feiras livres)”, acrescenta Sánchez-Chacón.

Aplicação das boas práticas pelo produtor

Os produtores que se inscrevem nos Programas de Boas Práticas Agrícolas recebem as visitas de um técnico na propriedade e participam de reuniões mensais de forma grupal sobre diversos temas. Cada visita técnica e a palestra compreendem um módulo do programa que está constituído por oito módulos.

“Na primeira visita do módulo 1 é realizado um diagnóstico da propriedade, para verificar a situação e gestão do sistema de produção, a localização e identificação das unidades de produção, fontes de água, proteção das nascentes e áreas de preservação ambiental. A partir deste primeiro contato são verificadas as irregularidades ou não conformidades e são preparadas as ações de ajuste e correção”, explica.

Conforme Sánchez-Chacón, as principais ações estão relacionadas com a verificação dos pontos críticos que apresentam riscos de contaminações químicas e biológicas tanto nas pessoas e animais como nos alimentos e no ambiente pelo mau uso dos insumos agrícolas (fertilizantes e adubos, defensivos químicos ou biológicos), procedência dos materiais de propagação (sementes e mudas), fontes de água para irrigação e lavagem, locais de armazenamento inadequados, descuidos durante a manipulação preparação de caldas, dosagens, períodos de carência, formas de aplicação e  uso de  EPIs, falta de manutenção dos equipamentos e máquinas disponíveis para a pulverização.

“As observações e correções das inconformidades são realizadas em cada uma das visitas de orientação técnica. A disponibilização de um croqui das áreas e identificação das unidades de produção, bem como a manutenção de um sistema de registros das atividades no caderno de campo (semeadura, fertilização, manejo cultural, tratamentos fitossanitários, colheita), ademais da conservação em arquivo dos documentos e comprovantes (notas fiscais de compra, receituários técnicos, devolução de embalagens, análises de solos e da água) são demonstrativos de uma boa gestão”, finaliza.

Sánchez-Chacón é engenheiro agrônomo, formado em 1976 no Equador, possui mestrado em Ciência e Tecnologia de Sementes pela UFPel em 1979, doutorado em Fitotecnia-Fitomelhoramento pela UFRGS em 1998 e pós-doutorado pela UFPel em Fitotecnia-Fitomelhoramento em 1999.

Desde 1997 está credenciado como profissional autônomo no Senar-RS, realizando atividades de instrução para atender as demandas na área de secagem e armazenamento de grãos. Associado da Unitec há 14 anos, Sánchez-Chacón também realizou atividades profissionais como docente universitário mediante concurso na Universidade de Caxias do Sul (UCS) de 2009 a 2016 no curso de Agronomia, ademais das múltiplas ações de prestação de serviços como instrutor/consultor nas entidades do Sistema S: Senar-RS, Senai-RS e Sebrae RS.

Texto: Assessoria de comunicação Unitec

Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999

Fotos: Divulgação

Postado: Leila Ruver

 

Fonte: Guia Crissiumal