A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS), na pessoa do diretor executivo, Eduardo Brandão, participou ontem, dia 29, de audiência pública para debater as Experiências brasileiras com polos produtivos de fruticultura na Câmara dos Deputados, em Brasília de modo presencial e online.
Segundo apresentado por Brandão, Abrafrutas é a principal entidade representativa do setor que detém, atualmente, 80% de toda exportação de frutas do país e que para união deste setor, é pregado o associativismo, a transparência, o profissionalismo e a sustentabilidade.
Brandão lembrou ainda, por meio da linha do tempo, os trabalhos realizados pela entidade o que resultou, com auxílio de parceiros, alcançar em 2021 a marca do primeiro bilhão de dólares em exportações de frutas, com previsão de superar o recorde ainda este ano de 2023.
“Abrafrutas entende que quando o setor produtivo se une em prol de um objetivo comum, ele consegue alcança-lo. A participação do setor publico e privado tem dado certo e queremos ainda mais o incentivo desta casa legislativa para que possamos continuar gerando renda e emprego no campo”, afirmou o diretor da Abrafrutas
Brandão abordou também os impactos da fruticultura brasileira. Como terceiro maior produtor de frutas mundial, o setor gera mais de 5 milhões de empregos diretos e indiretos, com valor bruto de produção estimado em R$50 bilhões. Além de gerar trabalho, renda e riqueza, gera também segurança alimentar.
“O mercado global de frutas gera cerca de US$ 150 bilhões e representamos apenas 4,5% deste mercado, mesmo sendo o terceiro maior produtor. Temos grande potencial, pois este mercado cresce 5,2% ao ano e um dos motivos se dá pela busca da saudabilidade do alimento”, disse Brandão.
O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), quem solicitou a audiência pública, disse que o Brasil possui uma diversidade climática e geográfica que possibilita o cultivo de diferentes frutas em diversas regiões ao longo do ano. Melo também citou a riqueza vegetal e cultural do País, que está baseada nos três pilares da sustentabilidade com preservação da biodiversidade, com geração de empregos e promoção do desenvolvimento regional.
“Em 2021, a atividade frutícola empregou 193,9 mil trabalhadores formais, o que corresponde a 11,5% do total de postos de trabalho na agropecuária. Apenas sete variedades de frutas representam mais de 80% do faturamento do setor no mercado externo. Há potencial para aumentar a produção, a oferta e a participação no cenário global”, disse.
Ao final do debate o deputado ressaltou e parabenizou Abrafrutas, Embrapa e o sistema S pelo trabalho que fazem em prol do setor.
A audiência teve também a presença de representantes da Embrapa Mandioca e Fruticultura, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), do Senar e Sebrae.