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“Não há mais nenhuma barreira fitossanitária para mandar uvas para a China”, diz Guilherme Coelho, presidente da Abrafrutas

Em entrevista hoje (19), ao programa Nossa Voz, o presidente da Abrafrutas e assessor especial do Governo do Estado, Guilherme Coelho, fez um balanço de sua recente viagem à China, trazendo boas notícias para a fruticultura brasileira. Coelho destacou a importância da abertura de mercados internacionais para a exportação de frutas brasileiras, especialmente devido ao alto consumo interno do país.

“Temos que viajar o mundo para abrir mercados para que possamos exportar nossas frutas”, afirmou Coelho.

Ele explicou que o Brasil, com mais de 200 milhões de habitantes, possui um consumo interno significativo, o que torna essencial a busca por novos mercados.

“Essa viagem foi muito proveitosa. Em 2023, já estive na China duas vezes e agora voltei novamente. Acompanhei uma missão liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Foi uma viagem coroada de êxito, onde participamos de várias reuniões de alto nível. O evento maior foi uma reunião entre empresários brasileiros e chineses, com mais de 130 empresários brasileiros e mais de 200 chineses presentes. Lá, tivemos a oportunidade de discutir oportunidades de negócios e cooperação”, destacou Guilherme.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e o ministro Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil.

Coelho mencionou que aproveitou a oportunidade para dialogar com as autoridades sobre a possibilidade de beneficiários do Bolsa Família continuarem a receber o auxílio mesmo com carteira assinada.

“Conversamos bastante com o ministro Wellington Dias sobre a ideia de que os beneficiários do Bolsa Família possam ter a carteira assinada e continuar recebendo o benefício. Marcamos até uma reunião no início de julho para discutir isso em Brasília.”

Durante a visita, foi assinado um memorando de entendimento com o empresário, que manifestou interesse em investir no estado de Pernambuco, especificamente no Porto de Suape.

“Tivemos um encontro com um grande empresário chinês que já conhecia de outras viagens. Ele demonstrou interesse em investir no estado de Pernambuco, especialmente no Porto de Suape. Estamos falando de investimentos em infraestrutura, como a construção de uma fábrica de ônibus elétricos, além de melhorias no transporte e na logística da região.”

Sobre a exportação de uvas para a China, Coelho afirmou: “Nossa grande conquista foi a eliminação de todas as pendências fitossanitárias para a exportação de uvas. O governo chinês e o governo brasileiro, através dos Ministérios da Agricultura, confirmaram que não há mais nenhuma barreira fitossanitária para mandar uvas para a China. Isso é uma vitória enorme para nós.”

Ele explicou que um novo navio começará a operar em julho, ligando Suape, Salvador e China em 33 dias, permitindo o transporte das uvas com qualidade.

“Vamos ter um novo navio que começa a operar em julho, fazendo a rota Suape-Salvador-China em 33 dias. Esse tempo é razoável e permite que nossas uvas cheguem com qualidade.”

Em relação à logística, o presidente da Abrafrutas mencionou que o Brasil possui certificação fitossanitária para exportação para os Estados Unidos, onde as frutas passam por um tratamento de 14 dias para verificar a presença de doenças. A China também deseja implementar esse procedimento durante a viagem.

“Quando exportamos para os Estados Unidos, as uvas precisam passar por um tratamento de 14 dias para garantir que não há doenças ou fungos. Com o tempo, conseguimos que esse tratamento seja feito durante a viagem no navio, economizando tempo e custos. A China quer implementar um procedimento similar, o que facilita bastante nossa logística.”

Além das uvas, a Abrafrutas está trabalhando para abrir mercados para mangas e outras frutas em outros países.

“Estamos constantemente buscando novos mercados. Lá na China o que a gente tratou foi a uva, a manga temos outros mercados que estamos lutando para adentrar. No Estados Unidos, temos o limão. Atualmente, cerca de 70% de toda fruta que exportamos vai para a União Europeia, mas não podemos depender apenas desse mercado. Por isso, estamos sempre buscando novas oportunidades.”

Coelho também destacou o sucesso de um evento realizado na Embaixada de Londres para promover as frutas brasileiras.

“Recentemente, realizamos um grande evento na Embaixada de Londres. Levamos cerca de 38 importadores de frutas, e nossa diretora, Priscila, fez uma apresentação sobre sustentabilidade e governança. Foi um sucesso absoluto e um grande passo para fortalecer nossa presença no mercado britânico.”

Ele finalizou enfatizando a importância de diversificar os mercados de exportação para garantir o crescimento sustentável da fruticultura brasileira.

“Não podemos nos dar ao luxo de depender de um único mercado. Precisamos diversificar nossas exportações para garantir o crescimento sustentável do setor. E é exatamente isso que estamos fazendo com essas viagens e eventos internacionais.”

Fonte: Blog Nossa Voz