Produtores aproveitam a boa colheita da fruta e já venderam mais de quatro toneladas de lichia só nas primeiras semanas de janeiro. Com a fruta, é possível fazer bolos e até mousses.
Produção de lichia ganha espaço no ES
Casca avermelhada, de textura característica, de polpa translúcida e de sabor adocicado. Essa fruta é a Lichia. Exótica, mas que vem ganhando espaço no Espírito Santo, principalmente na Região Serrana. Isso acontece porque o clima é considerado ideal para o plantio da fruta, que dá em cachos.
Há treze anos, o engenheiro agrônomo e produtor rural Protaze e a esposa se dedicam ao cultivo da lichia. Na época, a aposta da família foi grande, e deu certo. Quando começaram o plantio em 2010, eram 80 pés da fruta. Em 2023 já são 200 pés, com mais de dez tipos da fruta.
“Ela chega a produzir até o mês de novembro. Inclusive uma variedade indicada para regiões menos frias, de altitude de 200 e 300m, ela tem dado certo. A gente foi fazendo experiências com algumas mudas, dos mais variados tipos”, explicou o produtor.
A doçura da fruta atrai abelhas e borboletas. A lichia ajuda a fortalecer o organismo por ser rica em vitamina C, ferro e potássio.
Doçura da lichia atrai abelhas e borboletas. — Foto: Reprodução/TV Gazeta
Para conseguir garantir as lichias sempre saudáveis e com o melhor resultado para os clientes, Protaze montou um sistema de adubação sustentável, a adubação verde.
“Essa adubação verde, ela puxa os nutrientes do solo e do ar. E assim disponibiliza, forma biomassa, que disponibiliza para a cultura após o corte e a decomposição dela, contou Protaze.
O casal vende a fruta para comerciantes e feirantes de Santa Teresa, também na Região Serrana do Espírito Santo. Só nas primeiras semanas de janeiro, já tinham saído quatro toneladas de lichia da plantação.
Lichia vem ganhando espaço em produções no Espírito Santo. — Foto: Reprodução/TV Gazeta
Alguns quilômetros a frente, em Santa Maria de Jetibá, outro casal também comemora a boa colheita. O Diego e a Michelle começaram a plantar as primeiras mudas em 2008 e já tem cerca de 180 pés de lichia plantados. Diego inclusive tem uma tática própria para saber quando colher os cachos.
“Normalmente o pé de lichia costuma madurar de cima para baixo. Porque o sol bate mais em cima e vem pra baixo. E outra forma da gente descobrir se ela está mais madura, é ver um furinho. Esse furinho geralmente significa que a fruta está doce, geralmente ali vai abelha, bica passarinho. E isso que faz com o fruto esteja doce, e aí o cacho todinho dele tá doce também. Geralmente a gente colhe de um dia para o outro. O sabor muda um pouco de um dia para o outro, fica mais doce de um dia para o outro”, explicou o produtor rural Diego Boldt.
O casal vende a lichia in natura, mas a fruta tem diversos preparos, como bolos e mousses.
Com a lichia, é possível fazer bolos e mousses. — Foto: Reprodução/TV Gazeta
Os produtores conseguem vender na feira em Santa Maria de Jetibá e também anunciando pelas redes sociais. O casal disse que consegue vender cerca de 300/400 kg da fruta por dia.
Os produtores de lichia do Espírito Santo pensam em expandir a venda da fruta e atingir novos públicos.
“A gente pensa em vender em outros locais também, principalmente em regiões de praia. Por se tratar de uma fruta de sabor doce, fácil de comer, não precisa de faca para descascar. Geralmente quem vai comprar, gosta dessa fruta” disse Diego.
Bolo de lichia — Foto: Reprodução/TV Gazeta
Fonte: Jornal do Campo/TV Gazeta / G1