O consumo diário da fruta é associado ao aumento de bactérias intestinais da família Lachnospiraceae, que diminuem a inflamação do corpo
Em um artigo publicado na revista Food & Function em novembro de 2022, os cientistas explicam que a menopausa é marcada pelo declínio nos hormônios ovarianos, o que pode afetar negativamente o ecossistema de microrganismos encontrados no intestino e na matéria fecal de uma pessoa.
Estudos anteriores já mostraram que a saúde do intestino tem impacto importante no organismo humano. Mudanças no microbioma contribuem potencialmente para o aumento de problemas de saúde, como alta na gordura corporal, diminuição do metabolismo e resistência à insulina. Sabendo disso, os pesquisadores buscaram entender os benefícios de uma suplementação com ameixa para as mulheres.
“Pesquisas anteriores mostraram que as pessoas na pós-menopausa experimentam benefícios para a saúde ao consumir ameixas. É provável que o microbioma intestinal ajude a facilitar esses resultados. Por isso, queríamos examinar mais de perto os efeitos específicos que o consumo da fruta tem nas populações de microrganismos intestinais pós-menopausa”, escreveu a autora do estudo, Mary Jane de Souza.
A pesquisa foi feita com 143 mulheres com idades entre 55 e 75 anos. Elas foram separadas em três grupos: o primeiro sem consumo de ameixa; o segundo com a adição de 50 gramas da fruta por dia; e o terceiro com 100 gramas de ameixa diárias.
Ao final de 12 meses, as participantes que consumiram ameixa diariamente tiveram um enriquecimento significativo das bactérias da família Lachnospiraceae, conhecidas pela capacidade de diminuir os marcadores inflamatórios do corpo e ajudar a manter a integridade da barreira intestinal. Os benefícios das bactérias contrabalanceariam os efeitos negativos da menopausa no microbioma.
Os pesquisadores acreditam que a descoberta pode ser usada para incentivar as mulheres a consumirem a fruta diariamente, contribuindo para uma menopausa com menores impactos no estilo de vida.
Fonte: Metropoles