Dos grãos à borracha, Estado ocupa as primeiras posições nacionais em 17 itens e há espaço para ampliar presença na mesa do consumidor. É o que revela a segunda edição da publicação, elaborada pelo Governo de Goiás, por meio da Seapa, e com mapeamento de 49 atividades do setor no Estado
Além da já conhecida força na produção de soja, milho e carnes, o agronegócio goiano é bastante competitivo em outros produtos. A segunda edição da Radiografia do Agro em Goiás, com dados disponibilizados com referência até dezembro de 2020, mostra a diversidade da produção no Estado, sua relevância interna e externa e oportunidades de crescimento. Iniciativa do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a publicação traz mapas, gráficos e números relativos a 49 itens da pauta do agro, destacando fatores como produção, área plantada, produtividade, comercialização, municípios produtores e destinos das exportações. O material foi publicado nesta sexta-feira (13/08) no site da Seapa: www.agricultura.go.gov.br.
“São informações essenciais para construir políticas públicas efetivas e balizar decisões de investimentos privados”, diz o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça. Em 2020, em sua primeira edição, lembra ele, a Radiografia do Agro foi ferramenta primordial para a formatação de projeto de produção e comercialização de cerveja à base de mandioca. Com a aquisição de mais de 1,45 mil toneladas da raiz, somente neste ano, a ação já beneficia mais de 790 pessoas, especialmente agricultores familiares, em 24 municípios.
A segunda edição do estudo revela que Goiás possui 17 atividades agropecuárias entre as primeiras posições no ranking nacional de produção. O Estado liderou o cultivo de sorgo, tomate e jabuticaba no País. Ocupava o segundo lugar entre os Estados produtores de girassol, cana-de-açúcar, alho e rebanho bovino. Com soja, milho, palmito, pequi e borracha, estava em terceiro lugar, em 2020. Com algodão, melancia e couro curtido, em quarto. E em quinto, com feijão e cebola. “Com essa diversidade, a produção agropecuária consegue movimentar a economia do Estado o ano todo, contribuindo para a criação de postos de trabalho e para a geração de renda em todos os 246 municípios goianos. Permite que Goiás seja destaque no abastecimento interno e na exportação de diferentes produtos da balança comercial”, enfatiza.
Espaço para crescer
A nova Radiografia aponta, ainda, que a produção local tem muito espaço para crescer. A demanda por itens como mamão, abacate, manga e outros, nas Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa), já supera o volume produzido no Estado. “Isso demonstra o enorme potencial da fruticultura no Estado e o governo tem buscado desenvolver ações e projetos que possam estimular essa cadeia produtiva em Goiás”, afirma Tiago Mendonça.
O secretário participou, recentemente, do lançamento da Rota da Fruticultura da RIDE/DF – projeto dos ministérios do Desenvolvimento Regional (MDR) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que tem a parceria do Governo de Goiás. O objetivo é mapear, mobilizar e profissionalizar o segmento na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno.
O superintendente de Engenharia Agrícola e Desenvolvimento Social da Seapa, José Ricardo Caixeta Ramos, acrescenta que o Governo de Goiás trabalha na implantação de um Polo de Fruticultura Irrigada na região Nordeste do Estado. “Está em desenvolvimento estudo de viabilidade técnico, econômico, social e ambiental para implantação de projetos. Com o polo, o intuito é promover desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Estado de Goiás, com foco nas regiões de baixo IDH e aumento de disponibilidade hídrica para o abastecimento urbano”, explica.
Já o superintendente de Produção Rural Sustentável da Seapa, Donalvam Maia, informa que, graças à articulação do governo, foi possível abrir linha do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para a fruticultura em todo o Estado de Goiás. “Os projetos desse segmento possuem crédito disponível por meio do FCO Verde, com maior prazo de carência. É importante que o fruticultor saiba dessa oportunidade de crédito e possa investir em suas atividades, com o intuito de incrementar renda e fortalecer ainda mais a economia goiana”, destaca.
Fonte: Seapa