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Nuvem ‘cogumelo’ com microexplosão assusta agricultores no interior de SP

De acordo com o presidente do Sindicato Rural do Vale do Ribeira, Jeferson Magario, a tempestade, conhecida entre os agricultores como bomba d’água, atingiu 500 hectares e destruiu 800 mil pés de banana

  • ciclone destroi bananais agricultores
Foto: Jorge Marangoni/arquivo pessoal

Uma nuvem em formato de cogumelo que se formou durante um temporal, no Vale do Ribeira, interior de São Paulo, assustou os agricultores, destruiu plantações de banana e despertou o interesse de meteorologistas.

O fenômeno foi registrado por volta das 18h de terça-feira (13), no bairro do Conchal, em Sete Barras.

meteorologista Ana Maria Heuminski de Avila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, disse que a formação é característica de uma microexplosão.

Os moradores da região acharam que se tratava de um tornado, devido à intensidade do vento em várias direções.

Segundo a meteorologista, embora não seja um fenômeno tão incomum, ele pode ser confundido com um tornado, devido à intensidade dos danos.

“A microexplosão ou, em inglês, downburst, é como se um colchão de água e gelo caísse, provocando danos. Há correntes de ventos e fortes rajadas da nuvem em direção ao solo”, explicou.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural do Vale do Ribeira, Jeferson Magario, a tempestade, conhecida entre os agricultores como bomba d’água, atingiu 500 hectares e destruiu 800 mil pés de banana – a região tem a maior produção da fruta no País. Um vento de forte intensidade fez os pés de banana tombarem e a chuva afetou os cachos já formados. Ladário também é dirigente da Confederação Nacional dos Bananicultores e estimou o prejuízo em R$ 25 milhões.

Imagens da formação da nuvem foram registradas pelo dono de um sítio na região. Equipamentos que ele possui na propriedade cravaram a velocidade do vento em 123 km/h.

Para a meteorologista do Cepagri, são fenômenos característicos de eventos climáticos extremos. Já Vitor Takao, meteorologista da Defesa Civil Estadual, disse que o fenômeno tem relação com a passagem de uma frente fria após um período de calor intenso no Estado.

Fonte: Canal Rural  / Estadão Contéudo