A “embalagem”, que também pode preservar alguns elementos nutritivos, é feita com material semelhante ao filme PVC – muito comum na cozinha. Além das sobras do óleo de soja, o plástico tem antioxidantes e ácido cítrico, usado como conservante.
Foram dois anos de análises durante o mestrado e mais quatro no doutorado para ser desenvolvido pela pesquisadora Andréia Handa Suzuki, sob orientação das professoras Adriana Silva França e Camila Fante.
“No mestrado, o plastificante foi criado através de uma rota sintética sem a produção de resíduos tóxicos. Durante o doutorado, foram feitos ajustes de formulações e testes mais aprofundados com os antioxidantes inseridos”, conta a pesquisadora.
Os testes foram feitos em maçãs gala, verde e argentina. As peras foram da variedade Williams. As frutas foram previamente higienizadas, cortadas e embaladas. Parte das amostras foi mantida em temperatura ambiente, enquanto outra, sob refrigeração.
“As medidas das mudanças na coloração das frutas foram realizadas diariamente, até que se observasse um grande escurecimento, ou mudanças relacionadas a um crescimento microbiano”, pontuou Andréia.
As maçãs embaladas e sob refrigeração mantiveram a coloração por cerca de 20 dias. Nas peras, a diminuição do escurecimento apresentou uma redução de 38% quando comparada às amostras sem o produto.
Durabilidade e futuro
Após ser produzida, a embalagem pode ficar guardada para utilização em até seis meses, tempo em que os oxidantes ainda seguem ativos.
A pesquisadora Andréia Suzuki acredita que o plástico também pode prolongar a vida útil de outras frutas. Para chegar ao mercado, são necessários novos testes de formulação para adaptar à escala industrial – ainda sem previsão.
(*) Especial para o Hoje em Dia
Fonte: Hoje em Dia