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Produtores do Sul de Minas comemoram safra recorde de frutas vermelhas

Apesar da forte geada deste ano, 26 pequenos produtores da cidade de Machado celebram a estimativa de safra recorde em 110 toneladas de amoras

Amoras resistiram à geada e garantem a renda para 26 pequenos produtores de Machado(foto: Acervo/FAEMG)
Enquanto muitos produtores de café em Minas Gerais amargam prejuízos com a geada, em Machado, no Sul do estado, os agricultores de frutas vermelhas comemoram a safra de amoras. Apesar da forte geada ocorrida esse ano, o clima frio foi bom para as lavouras que não estavam em produção, e resultou em frutos de boa qualidade. Em 2020, a safra em Machado foi de 89 toneladas, e neste ano, saltou para 110 toneladas. A safra da amora vai de outubro a dezembro.
Há três anos, a Prefeitura de Machado começou a ajudar os produtores, que no ano passado entraram no projeto de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Frutas Vermelhas, programa do Sistema Faemg/Senar/Inaes, e agora  inauguram a sede da Associação dos Agricultores Familiares de Frutas Vermelhas (Fruferfam), que reúne 26 produtores. O projeto é aumentar a renda dos agricultores familiares, associando o plantio à cultura do café. Quando terminam a colheita do café, iniciam a colheita das amoras.
Em Machado, exemplos não faltam de “sobreviventes financeiros” da geada. Aliandro da Silva, do Sítio Terra Abençoada, tem uma área plantada de 4 mil pés de amora, com previsão para esta safra de 7 toneladas da fruta. O resultado é excelente: 40% a mais do que o registrado em 2020. “No futuro, quero ampliar a área de plantio de frutas vermelhas com framboesa e mirtilo”, conta.

Aliandro da Silva, produtor de amoras, segurando dois cestos cheios da fruta
Aliandro da Silva tem uma área plantadas de 4 mil pés de amora, com previsão para esta safra de 7 toneladas da fruta(foto: Acervo/FAEMG)
O preço recebido pelo produtor é R$ 20 por quilo in natura,e R$ 15 por quilo do fruto congelado. As geadas desse ano queimaram a lavoura de 5.000 pés de café do produtor. Aliandro ficou apenas com a renda das amoras, que vão garantir a sua rentabilidade, até a recuperação dos pés de café.
O presidente da Fruferfam, Cleiton Aguiar Nascimento Silva, integrante do ATeG, ressalta que o programa é fundamental para que o produtor entenda a rentabilidade e as oportunidades de melhorias em seus pomares. “O fator gestão alinhado com o fator técnico viabiliza os melhores investimentos dentro de um cronograma adequado, proporcionando melhor retorno financeiro”.

Comercialização

Técnico do ATeG, Fernando de Oliveira Lima destaca que, em um ano de trabalho, já é possível pontuar as conquistas dos produtores que integram o programa. Ele ressalta que ações da Fruferfam, como o consórcio realizado por meio da associação, possibilita a comercialização da produção para mercados maiores, garante a rentabilidade, e a compra de insumos em grupo, impacta o custo de produção gerando economia em decorrência do volume comprado.

Para Cleiton Aguiar Nascimento Silva, o maior desafio da associação é a mudança de paradigma, deixando de lado uma visão assistencialista e focando em união e fortalecimento de um grupo. “A reforma e adequação do nosso espaço é a materialização das forças que devem abranger uma verdadeira associação. Atualmente, estamos desenvolvendo a criação de uma central de negócios, onde todos terão participação efetiva em parte do processo. O aprendizado é continuo, e para isso temos o apoio do Sebrae”, disse.
“Os resultados alcançados com os produtores de frutas vermelhas em Machado mostram que estão no caminho certo. O ATeG contribui para um crescimento dos produtores, visando rentabilidade nesta atividade. O apoio da associação é de extrema importância para muitas das etapas, dentre elas a de negociação na venda das frutas ou até mesmo na aquisição de insumos de produção. O crescimento do setor é uma realidade em Machado” comentou Roger Miranda Coelho, gerente regional do Sistema Faemg, em Passos, também no Sul de Minas.

 

Fonte: Estado de Minas