- 
English
 - 
en
Portuguese
 - 
pt
Spanish
 - 
es
[gt-link lang="es" label="Españhol" widget_look="flags_name"]
[gt-link lang="en" label="English" widget_look="flags_name"]

ENTRE EM CONTATO

+55 61 4042-6250

A fruta do Norte que virou sensação por aqui

Com acompanhamentos ou sem, açaí se tornou preferência de muitos

Desde os mais encorpados, com muitos acompanhamentos, aos mais básicos, que levam somente a polpa da fruta. O açaí chegou há algum tempo aqui no Estado e acabou se tornando um dos alimentos preferidos do verão para muitos. E não é diferente em São Leopoldo, onde o sucesso da fruta fez com que vários estabelecimentos apostassem e se firmassem com a venda dela.

Moisés, 11, e a mãe Elizandra gostam de comer açaí no copo principalmente no verão
Moisés, 11, e a mãe Elizandra gostam de comer açaí no copo principalmente no verãoFoto: fotos Diego da Rosa/GES
Os consumidores Elizandra da Silva, 46 anos, e o filho Moisés da Silva Garcez, 11, adoram comer açaí, principalmente em época de calor. “É mais no verão, porque quando está mais quente é bom, refresca bastante”, comentou ela, enquanto saboreava um copo de açaí com o menino, no Centro da cidade. “Sempre peço com morango e M&Ms”, completou Moisés sobre os acompanhamentos preferidos para que adiciona à fruta, originária do Norte do País.

Vendas triplicam

É justamente no verão que quem trabalha com a comercialização de açaí pode aumentar um pouco a renda da família. Proprietário de uma carrocinha que vende o copo da fruta, na Rua Independência, Lucca Júnior, 36, conta que as vendas triplicam nessa época do ano, sendo que o açaí se tornou a principal renda de sua família. “A gente vende no inverno, mas no verão explode”, ressalta.

Mas para isso, ele diz ter trabalhado muito na inserção do gosto do açaí com seus clientes. A carrocinha de Júnior foi um dos primeiros pontos a iniciar a venda do alimento em São Leopoldo, depois que ele e o irmão, Vilson, 31, viram que poderia dar certo. Ambos trabalhavam como camelôs em uma banca da família na cidade e viajavam a São Paulo para buscar mercadorias. Foi durante essas viagens que Vilson notou o sucesso que o açaí fazia por lá e falou para o irmão, a fim de apostarem no produto. “Eu já gostava muito, mas aqui no Sul não era tão forte, não tinha lugares que vendiam. No início, a gente dava muita provinha, para fazer a galera experimentar”, salienta, contando que a primeira carrocinha surgiu em 2017. “Às vezes, as pessoas têm preconceito porque é feito num carrinho, mas se tem açaí hoje em São Leopoldo é porque começou aqui no carrinho, em um menor que esse”, lembra.

Duas carrocinhas

Tempo depois, Vilson priorizou outra profissão e Júnior investiu na carrocinha e no açaí junto com a esposa Letiele, 38. Em janeiro de 2020, com o crescimento do negócio, a segunda carrocinha foi adquirida. Mas o começo da pandemia e as restrições que vieram com ela logo em seguida acabaram atrapalhando os planos. O casal passou a oferecer tele-entrega do copo da fruta para se manter. Com a volta da venda nas ruas, ano passado, aos poucos eles vêm se recuperando e investindo mais.

Hoje, as duas carrocinhas estão na Independência, das 13 às 19 horas, de segunda a sábado, e às vezes até no domingo.

Qualidade e amor

O dia de trabalho é preparado pela manhã, quando Junior reserva tempo para fazer pesquisas em mercados e comprar as frutas usadas como acompanhamentos. “Compro as coisas frescas no próprio dia, como morango e banana”, conta.

Açaí
AçaíFoto: Diego da Rosa/GES

 

As carrocinhas ficam em uma sala alugada no Centro, com freezer e pia, para organizar os ingredientes que vai levar nos carrinhos. Quando está na Independência, não é difícil ver fila na carrocinha de Júnior. O sucesso até hoje, cinco anos depois do início, ele entende que se deve a qualidade do produto que oferecem e ao atendimento, feito com amor, como o próprio nome do negócio sugere.

“Tenho clientes de mais de três anos comigo. É gratificante pra mim. Não sei se é porque trabalhei com música, que a gente costuma trabalhar para fazer a felicidade do outro, e aqui acaba sendo a mesma coisa. A gente vende o açaí, mas às vezes parece que estamos dando, porque a pessoa elogia tanto, fala tão bem”, orgulha-se.

Fonte: JornalVs