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Empregos com carteira assinada crescem 1,32% no RN em 2022

Números são referentes ao primeiro semestre deste ano, em que 445.442 pessoas estavam empregadas no regime CLT em todo o estado, segundo Novo Caged. Incremento ainda é menor que região Nordeste e que no País

Apenas 1,32%. Esta foi a porcentagem do crescimento de empregos com carteira assinada em todo o Estado do Rio Grande do Norte no primeiro semestre de 2022, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Em 1º janeiro deste ano eram 439.657 funcionários em regime de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no RN; agora, são 445.442. Ou seja: em um semestre, apenas 5.785 vagas foram criadas.

Os números estão abaixo do apresentado pela região Nordeste (2,24%) e também do índice nacional (3,28%) no mesmo período. Atualmente são 6.789.870 pessoas empregadas na região Nordeste e 42 milhões no Brasil; antes eram, respectivamente, 6.640.956 nos nove estados da região e 40.678.355 em todo o País.

Mesmo assim, as vagas com carteira assinada no Rio Grande do Norte atingiram o melhor saldo de 2022: 16.741 admissões e 13.135 desligamentos, saldo de 3.606 vagas e aumento de 0,82%, de acordo com as estimativas do Novo Caged. No período de um ano, apenas os meses de dezembro de 2021, janeiro e março de 2022 registraram mais demissões do que contratações no Estado.

DESTAQUES. O conjunto da Indústria foi o principal destaque do mês, com 1.428 vagas criadas, enquanto os demais setores apresentaram distribuições mais convergentes, que flutuaram entre saldos de 714 no Comércio e 747 vagas para o setor agropecuário. Sobre o desempenho deste último, é possível ressaltar a retomada das contratações de pessoal com vínculo temporário, tendo em vista o início de novo ciclo de cultivo de melões e outras culturas temporárias, após sete meses seguidos com a predominância de cortes.

Recentemente, o AGORA RN falou sobre a diminuição da safra do melão e o impacto nos empregos. A próxima safra – com previsão para começar no fim do mês – tem queda estimada de 20%. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), o Rio Grande do Norte é o maior exportador de melão do Brasil, graças à produção na Chapada do Apodi, Oeste do Estado, próximo ao Ceará. Atualmente, o setor gera cerca de 20 mil empregos diretos no RN. No entanto, efeitos adversos à cadeia produtiva da fruta podem custar cerca de duas mil vagas, ou seja, 10% de todos os funcionários.

Conforme Luiz Roberto Barcelos, diretor Institucional da Abrafrutas, são ao menos três fatores que influenciam no resultado da safra. A demanda, que quanto maior for, mais o preço da fruta será elevado; a produtividade, uma vez que quanto mais toneladas por hectare forem produzidas, menor o custo de produção; e o câmbio, cuja oscilação afeta a rentabilidade dos produtores. “Este é um fator externo que não tem como controlar. Não depende de nós produtores”, observou.

Entre outros fatores externos que encarecem a produção de melão no estado, estão o conflito entre Rússia e Ucrânia – já que boa parte de fertilizantes, utilizados na plantação, são comprados da Rússia. Um balanço da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) aponta que 85% dos fertilizantes usados na agricultura brasileira vêm do exterior – no ano passado, 23,3% de adubos ou fertilizantes químicos vieram do mercado russo, segundo estatísticas do Comex Stat, do Ministério da Economia.

Na base semestral, os Serviços estão à frente das contratações, com 6.099 vagas abertas, seguido pela Indústria, com 4.045 e, bem mais distante, o Comércio, com 242. Em contrapartida, o saldo negativo de 4.601 vagas, da Agropecuária, ainda reflete o impacto das dispensas, entre novembro e maio, da safra anterior de frutas. “Sobre o fraco desempenho do emprego no varejo, consideremos que a alta dos juros, a inflação e o desemprego vêm atuando como fatores inibidores do consumo, impactando o desempenho da atividade”, avaliou Sandra Lúcia Barbosa Cavalcanti, da Unidade de Economia e Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN).

INDÚSTRIA
Entre os destaques do segmento, o ramo de construção abriu 4.112 vagas. De forma isolada, a indústria geral se destacou positivamente no semestre, como vem ocorrendo, por exemplo, com a cadeia do Petróleo, após a empresa anunciar venda do direito de exploração na Bacia Potiguar e a retomada dos mesmos empreendimentos pela inciativa privada, resultando na criação de 334 vagas no período. Delas, 180 na Extração e 154 em Atividades de apoio à extração.

Outros destaques foram, ainda, assinalados pela Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica (180 vagas), Confecção do vestuário (151 oportunidades) e Fabricação de conservas de frutas (123 novos empregos). De junho de 2021 a junho deste ano, 10.865 vagas com carteira foram criadas pela indústria potiguar.

CAI O DESEMPREGO
A taxa de desemprego alcançou 9,3% no segundo trimestre deste ano, o menor patamar para o período desde 2015, quando o índice foi de 8,4%, De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação aos três primeiros meses deste ano, o número de desempregados caiu 15,6% no trimestre e atingiu 10,1 milhões de pessoas, 1,9 milhão a menos – antes, eram cerca de 12 milhões. No entanto, o número de trabalhadores informais – 39,3 milhões – atingiu o maior patamar até então. Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada ontem, 29, pelo IBGE.

Para a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, o movimento de retração da taxa de desocupação no segundo trimestre é semelhante ao observado em outros anos. “Em 2022, contudo, a queda mais acentuada dessa taxa foi provocada pelo avanço significativo da população ocupada em relação ao primeiro trimestre”, apontou.

Os dados da pesquisa revelam que a população ocupada é a maior desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. O contingente foi estimado em 98,3 milhões, o que equivale a alta de 3,1% se comparado ao trimestre anterior. Ao todo, representa 3 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho. Entre eles 1,1 milhão estão na informalidade. “Na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento é de 8,9 milhões de trabalhadores. Com o crescimento, o nível da ocupação – percentual de ocupados na população em idade para trabalhar -, foi estimado em 56,8%, avançando 1,6 ponto percentual frente ao trimestre anterior”, completou.

Fonte: Agora RN

VAGAS NA ÁREA DO AGRONEGÓCIO