Biofilme distribuído pela Seiva do Vale pode ser usado em qualquer fase do ciclo
Cada condição climática exige um tratamento personalizado para atender às necessidades da planta — Foto: Aline Oliveira
O mesmo tratamento, com os mesmos produtos, tem resposta completamente diferente na fruticultura dependendo das condições climáticas vigentes. O alerta é feito pela equipe técnica da Seiva do Vale, que alerta os produtores para a necessidade de usar produtos para atender à necessidade da cultura em cada época. A padronização pode gerar prejuízos por conta da queda na quantidade ou qualidade da produção.
Em setembro, por exemplo, tem início o período mais quente e seco do ano no Vale do São Francisco. Nesta época, os técnicos costumam observar problemas no pegamento, com a planta ‘abortando’ os frutos, frutos com baixo crescimento, folhas oxidadas, entre outras questões. Eles destacam, no entanto, que muitas vezes os danos provocados pelas altas temperaturas ainda são microscópicos, mas já prejudicam a produção.
Uma solução indicada pelos técnicos é o uso do Humigel, biofilme de origem vegetal produzido pela Tecniferti e distribuído pela Seiva do Vale. Ele atua como um filme protetor das folhas, auxiliando na redução da temperatura foliar e da perda de nutrientes através da transpiração. A tecnologia reduz o estresse da planta ao equilibrar a temperatura e umidade.
Personalização e vulnerabilidade
Além da proteção foliar, a linha do Humigel também favorece uma personalização no seu uso, já que ele conta com cinco variações que atendem a diferentes necessidades nutritivas da planta, de acordo com a fase do ciclo em que ela esteja. Assim, mesmo sendo uma tecnologia positiva para qualquer época do ano – ela também protege a planta de temperaturas muito baixas, por exemplo – o biofilme tem um formato adequado para diferentes demandas nutricionais.
Como pode ser utilizado em qualquer cultura, outra vantagem do Humigel é atender às necessidades de acordo com o tempo de maior vulnerabilidade de cada fruta. Uma vez aplicada a proteção, o produtor impede que esse tempo de vulnerabilidade maior se transforme em um problema.
Condições adversas
A preocupação com o tema se justifica especialmente a partir de setembro, quando começa o período mais quente e seco do ano no Vale do São Francisco. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a temperatura máxima histórica em Petrolina, por exemplo, é de 34°C no período que vai até novembro. Já a umidade não deve passar de 55% nos três meses. Essas condições afetam diretamente o metabolismo da planta, que começa a ficar prejudicado quando a temperatura chega a 30°C.