As cultivares das frutas utilizadas possuem características distintas que se destacam, como uma maior capacidade produtiva e um período de maturação mais precoce
Há mais de 30 anos, Pedro José de Freitas decidiu se dedicar à produção de maracujá. No entanto, foi nos últimos 24 meses que ele presenciou um crescimento significativo em sua produção, triplicando-a após se tornar um produtor beneficiado pela Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT). Durante esse período, o número de pés de maracujá cultivados por ele saltou de 200 para 600.
A cultura do maracujazeiro será o tema central do Simpósio Brasileiro que começará nesta terça-feira, 23 de maio, em Tangará da Serra. É importante ressaltar que as frutas cultivadas pelo Sr. Pedro são comercializadas nas feiras do município, que ocorrem às quartas-feiras e domingos.
“A gente aumentou muito a produção em pouco tempo. Mesmo assim, não sobram frutas e sempre tem procura”, afirmou Pedro.
Seguindo as diretrizes da ATeG, o produtor de frutas optou por incorporar novas variedades de plantas que se adaptaram de maneira mais eficiente à região. No momento, sua produção inclui três cultivares principais: Solar, FB200 e FB300.
Além disso, ele disponibilizou uma parte de sua área para a avaliação de uma promissora nova variedade, que será lançada em breve. “A Assistência me ajudou muito com a seleção de variedades de culturas que eu nem conhecia e que produzem muito mais do que estava acostumado”, destaca.
Maturação mais precoce
De acordo com Eduardo Teixeira, técnico de campo credenciado pelo Senar-MT, as cultivares utilizadas possuem características distintas que se destacam, como uma maior capacidade produtiva e um período de maturação mais precoce.
“As cultivares adotadas tem maior tolerância a insetos e pragas na região e elas ajudaram o produtor a se tornar destaque na região, na produção do maracujá”, afirma.
Dessa forma, após três décadas como produtor rural, Pedro não pretende passar muito mais tempo na atividade e já fez sucessores. Os filhos Maurício e Alfredo decidiram por cursar agronomia para contribuir com a propriedade.
“Eles sempre me ajudaram desde pequenos e decidiram se profissionalizar no campo”, destacou o produtor.
Segundo o técnico de campo, o Senar-MT oferta conhecimento além da faculdade. “Os rapazes sempre estão se capacitando por meio de cursos ofertados pelo Senar-MT e Sindicato Rural e demonstram interesse em continuar o trabalho desenvolvido pelo pai”, explicou o técnico de campo.
Fonte: Canal Rural