Processo, denominado partenogênese, já ocorre em outros insetos, lagartos e cobras
Os pesquisadores compararam os genomas de duas espécies de drosófilas (uma que se reproduz sexualmente e a outra por partenogênese) e identificaram 44 genes que poderiam estar envolvidos no processo. Em seguida, utilizando diferentes métodos, eles começaram a editá-los. Os resultados mostraram que 10% das fêmeas conseguiram se reproduzir sem o macho, e alguns descendentes dessas fêmeas se mostraram capazes de se reproduzirem sem o parceiro, ou seja, a característica foi transmitida para a geração seguinte.
Estudos anteriores já haviam identificado genes candidatos que seriam responsáveis por esse processo. Portanto, segundo os autores da pesquisa, a ativação desses genes em outras espécies seria uma maneira de confirmar que são eles que permitem que esse tipo de reprodução aconteça.
“Para os cientistas, pesquisas como essas são importantes para entender os mecanismos da partenogênese e como eles evoluíram, porque no reino animal a reprodução sexuada é muito mais complicada”, pontua a diretora do Centro de Estudos sobre o Geoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP Mayana Zatz.
Fonte: Itatiai *Jornal USP