Agricultores de Goiás encontram no cultivo de frutas como manga e maracujá uma nova fonte de renda e desenvolvimento econômico com a ajuda da Codevasf
Um programa voltado para o cultivo de frutas no Nordeste de Goiás recebeu um novo estímulo graças à intervenção da Codevasf. Pequenos agricultores locais estão sendo auxiliados com tecnologia de irrigação para o cultivo de mangas e maracujás. Essa ação está contribuindo para mudar a situação econômica de uma área considerada pouco desenvolvida no estado.
Um investimento de aproximadamente R$ 11 milhões está sendo realizado no projeto. A Codevasf e outras entidades estão trabalhando em conjunto para dar suporte aos agricultores do Vão do Paranã, visando o desenvolvimento sustentável da região. A estrutura de irrigação fornecida permite uma produção mais eficiente e sustentável, contribuindo para o aumento da produção de alimentos e a geração de empregos.
O projeto-piloto iniciou com 10 famílias em Flores de Goiás, beneficiando-os com sistemas de irrigação e espaldeira para mangas e maracujás, respectivamente. Cada beneficiário recebe um apoio financeiro de R$ 65 mil. A expectativa é expandir o projeto para atender cerca de 300 produtores até o próximo ano, incluindo os municípios de Formosa e São João d’Aliança.
Além dos investimentos em sistemas de irrigação e espaldeiras, a Codevasf direcionou recursos de R$ 2 milhões para a Embrapa Cerrados. Esses recursos serão utilizados para realizar monitoramento socioeconômico e ambiental da iniciativa, desenvolver estratégias de manejo da irrigação, promover atividades de comunicação, capacitação e transferência de tecnologia, além de criar um aplicativo para ajudar os agricultores no gerenciamento da irrigação.
Os primeiros resultados estão sendo colhidos, com parte dos produtores já realizando a primeira colheita de maracujá, plantado desde outubro do ano anterior. A expectativa de produtividade é de 25 a 30 toneladas por hectare, o que pode resultar em um faturamento entre R$ 150 mil e R$ 200 mil por hectare.
Luciana Sousa dos Santos, outra participante do projeto-piloto, está cultivando manga e maracujá. Ela destaca a rapidez na produção do maracujá em comparação com a manga, que leva cerca de três anos para começar a produzir. Por isso, o maracujá é essencial para cobrir os custos com insumos e mão de obra enquanto a manga amadurece. Luciana também está entusiasmada com a colheita e já participou de cursos para aprender a transformar os excedentes de frutas em geléias, pastas e doces em corte.
O projeto é realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa/GO), a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e as prefeituras dos municípios de Flores de Goiás, Formosa e São João d’Aliança.
Fonte: Ponto e Vírgula