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Empresa do Oeste catarinense transforma a venda de mirtilos

Provar frutas exóticas é uma experiência tão procurada pelas pessoas que já virou uma modalidade emergente no turismo. Lugares que permitem a participação dos visitantes nas colheitas, degustações, visitas a pomares e plantações já são bastante populares em Portugal, Espanha e Itália. A tendência também já chegou em Santa Catarina. Em Itá, no Oeste, a empresa Empório do Mirtilo inovou ao oferecer visitas ao pomar de frutas finas.

Ao apostar no turismo de frutas, a empresa promove a valorização da produção local e da agricultura sustentável. Ainda, permite que os visitantes da região consigam ter a oportunidade de aprender sobre processos agrícolas, gastronomia local e os benefícios da fruta. Ao combinar lazer e educação, esse tipo de turismo favorece a geração de renda da região.

Gleison Minella, fundador do Empório do Mirtilo, comenta que a ideia de iniciar a empresa veio como uma evolução da Itaberry Frutas Finas, companhia especializada na produção e venda do mirtilo, também localizada em Itá. O objetivo era continuar o trabalho de produção de frutas finas na cidade, já que o clima é bastante propício. Às margens do Lago da Usina Hidrelétrica de Itá, é possível garantir a utilização da água para alimentar o sistema de irrigação das plantas.

A empresa começou as atividades em 2012, e no ano seguinte, deu início a novas produções: lichia, physalis, amora, framboesa e acerola. Além da colheita das frutas, a linha do Empório do Mirtilo conta com diversos produtos próprios, como biscoitos, geleias, cervejas e até cosméticos, tudo à base de mirtilo.

— O Empório do Mirtilo surgiu para atender a uma demanda e um anseio do público que visita o município de Itá, além de, é claro, agregar valor aos produtos da marca. As pessoas visitavam a propriedade para conhecer a plantação de mirtilo, e na época, não tínhamos nada para oferecer além da fruta fresca na época da safra e congelada fora dela. Aí, surgiu a ideia de criar uma loja com produtos a base de mirtilo — comenta Gleison.

Um impulso no turismo regional

 

Popular nos Estados Unidos, Canadá e Peru, o hábito de consumir o mirtilo (chamado também de blueberry) está em ascensão no Brasil. Os avanços do agronegócio permitiram a produção no Oeste catarinense, em Itá, uma cidade turística, o que aumenta a demanda. Gleison conta que esse fator foi fundamental para que a empresa precisasse inovar e entrar no negócio do turismo.

— Primeiramente, chamamos a atenção por produzir uma fruta exótica, com uma fama muito grande por conta de suas propriedades, que é o mirtilo. Por isso, ao longo dos anos, buscamos novidades para atender o público visitante, incluindo o Colha e Pague, um método totalmente novo na região em que os turistas podem comer o mirtilo, a amora e outras frutas direto da planta — reforça o fundador da empresa.

A propriedade é um ambiente acolhedor, que permite aos visitantes uma vista para o Lago da Usina. Além de desfrutarem a variedade de frutas, o público também consegue visitar uma loja com produtos exclusivos do portfólio da marca, que dificilmente são encontrados em outros lugares. E a marca não para por aí: projetos de ampliação já estão sendo planejados, conforme afirma Gleison.

— Estamos estudando a ampliação com um espaço para oferecer alguns serviços de alimentação e lazer, aproveitando a vista maravilhosa e o contato com a natureza. Além disso, iniciamos, em parceria, o plantio de lúpulo no ano passado e já estamos na segunda colheita. Pretendemos, no futuro, implantar uma cervejaria — revela.

Para crescer e melhorar a estrutura da propriedade, o Empório do Mirtilo fez como milhares de catarinenses e contou com o apoio do Sistema de Cooperativas Financeiras do Brasil (Sicoob), um conglomerado cooperativo que é hoje um dos maiores sistemas financeiros do país. Através de um financiamento viabilizado pela cooperativa, foi possível instalar uma usina de energia solar na propriedade.

— Hoje, temos uma usina para a geração de energia solar anexada à nossa fábrica. São 280 placas, instaladas em 2018. Além da geração de energia para o empreendimento, elas servem como cobertura para recepcionar nossos visitantes. E o Sicoob foi nosso parceiro na viabilização deste investimento. Além disso, nosso relacionamento no dia a dia com a cooperativa é fundamental para a manutenção das atividades da empresa — explica o empreendedor.

Fonte: Sicoob