Segundo colaboradores da Hortifrúti/Cepea, grande parte das exportações tem sido da variedade Piel de Sapo, destinada principalmente ao mercado europeu. Os principais países importadores foram Holanda, Reino Unido, Espanha e Argentina. Com a conclusão da colheita espanhola e a produção estável no RN/CE, espera-se que as exportações brasileiras de melão se mantenham firmes nos próximos meses.
Em contraste, a safra de melão de 2025 em Lagoa da Confusão (Tocantins), que começou em meados de junho e terminou em setembro, apresentou resultados mistos. As margens iniciais foram estreitas devido aos preços de venda mais baixos, embora, no final da temporada, os resultados tenham melhorado em comparação com o ano anterior. O clima favorável no primeiro semestre do ano favoreceu o bom desenvolvimento da cultura, com os primeiros campos produzindo uma média de 40 toneladas por hectare em junho.
Apesar da alta produtividade, a demanda permaneceu fraca durante grande parte da safra devido às temperaturas mais baixas no Sul e Sudeste do Brasil. Como resultado, os preços médios de venda não cobriram os custos de produção, e os produtores relataram prejuízos financeiros em junho. No final de julho e início de agosto, condições mais secas e quentes levaram ao aumento da pressão de pragas e doenças, incluindo lagartas, vírus e oídio.
Mesmo com esses desafios, os produtores do Tocantins alcançaram uma produtividade média de 36 toneladas por hectare, um aumento de 21% em relação à safra anterior. A maior produtividade ajudou a compensar os custos de produção, que aumentaram 25% em relação ao ano anterior, impulsionados pelo aumento da mão de obra, do diesel, do aluguel da terra e dos preços dos insumos. A lucratividade média da safra encerrou 10% menor do que em 2024, em cerca de US$ 0,08 por kg.
Olhando para o futuro, os produtores esperam que as despesas de produção permaneçam elevadas em 2026, o que significa que a alta produtividade continuará sendo essencial para manter a viabilidade econômica.
Fonte 1: HF Brasil