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Exportações de melão brasileiro aumentam com flutuação da produção doméstica

As exportações de melão da safra 2025/26 do Brasil apresentaram forte desempenho em setembro. Segundo dados do Comex Stat, 32.000 toneladas foram embarcadas no mês, um aumento de 279% em relação a agosto e 39% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita de exportação aumentou 60% no mesmo período.

O aumento está relacionado ao fim da safra de melão na Espanha, com Castilla-La Mancha — a última região produtora do país — registrando volumes reduzidos. Como resultado, os embarques brasileiros para a Europa se intensificaram, apoiados pela produção estável das regiões produtoras do Rio Grande do Norte e do Ceará (RN/CE).

Segundo colaboradores da Hortifrúti/Cepea, grande parte das exportações tem sido da variedade Piel de Sapo, destinada principalmente ao mercado europeu. Os principais países importadores foram Holanda, Reino Unido, Espanha e Argentina. Com a conclusão da colheita espanhola e a produção estável no RN/CE, espera-se que as exportações brasileiras de melão se mantenham firmes nos próximos meses.

Em contraste, a safra de melão de 2025 em Lagoa da Confusão (Tocantins), que começou em meados de junho e terminou em setembro, apresentou resultados mistos. As margens iniciais foram estreitas devido aos preços de venda mais baixos, embora, no final da temporada, os resultados tenham melhorado em comparação com o ano anterior. O clima favorável no primeiro semestre do ano favoreceu o bom desenvolvimento da cultura, com os primeiros campos produzindo uma média de 40 toneladas por hectare em junho.

Apesar da alta produtividade, a demanda permaneceu fraca durante grande parte da safra devido às temperaturas mais baixas no Sul e Sudeste do Brasil. Como resultado, os preços médios de venda não cobriram os custos de produção, e os produtores relataram prejuízos financeiros em junho. No final de julho e início de agosto, condições mais secas e quentes levaram ao aumento da pressão de pragas e doenças, incluindo lagartas, vírus e oídio.

Mesmo com esses desafios, os produtores do Tocantins alcançaram uma produtividade média de 36 toneladas por hectare, um aumento de 21% em relação à safra anterior. A maior produtividade ajudou a compensar os custos de produção, que aumentaram 25% em relação ao ano anterior, impulsionados pelo aumento da mão de obra, do diesel, do aluguel da terra e dos preços dos insumos. A lucratividade média da safra encerrou 10% menor do que em 2024, em cerca de US$ 0,08 por kg.

Olhando para o futuro, os produtores esperam que as despesas de produção permaneçam elevadas em 2026, o que significa que a alta produtividade continuará sendo essencial para manter a viabilidade econômica.

Fonte 1: HF Brasil